UMA REFORMA SÉRIA E ÚTIL

Para que a reforma universitária seja séria e seja útil, seria necessário que os critérios fossem mudados, não para privilegiar esta ou aquela raça ou cor. Todos aqui são brasileiros, sejam eles descendentes de europeus, africanos, orientais ou sejam aborígenes. Dever-se-ia, ao invés de vestibulares, haver uma avaliação curricular, desde o segundo grau, testes de avaliação de capacidade e entrevistas, como acontece quando se quer um emprego em firma de alto nível. Provada a capacidade para freqüentar um curso superior, aí então haveria de ser estudada a situação financeira do candidato, uma vez que um curso universitário exige material de vanguarda e tecnologia de ponta. Caso o interessado possa pagar, deverá pagar, de acordo com suas posses. Se ficar comprovado que ele ou ela não poderá pagar, o governo deve subsidiar, desde que o interessado tenha assiduidade e aproveitamento compatíveis, como se fora no emprego em uma firma séria e responsável. Só assim, o talento e o esforço dos nossos jovens estariam sendo úteis para eles e para o país.

A minha preferência é por uma universidade que dê oportunidade para todos, igualmente, sem cogitar de raça ou cor. Até porque quem é realmente preto, ou branco ou amarelo ou vermelho, nessa nossa miscegenação tão eclética? Quais os critérios para avaliar quem é isto ou aquilo? Nos Estados Unidos existem muitas pessoas que para nós seriam consideradas brancas e lá não são. Continuo afirmando que todos devem ir à luta e vençam os melhores, sejam de que raça forem, de todas as raças, hoje formando uma só raça, a raça brasileira. (Isolina Bresolin Vianna - Associação Paulista de Imprensa - Reg. nº 1333)