Segundo o nosso bom e velho Aurélio, gíria é a linguagem que, nascida num determinado grupo social, termina estendendo-se por sua expressividade, à linguagem familiar de todas as camadas sociais.
A gíria também é a linguagem peculiar àqueles que exercem a mesma arte, tribo ou profissão. Neste caso, é conhecida como jargão: a gíria dos artistas, dos skatistas, dos surfistas, dos médicos.
Ainda pode ser considerada como a linguagem dos malfeitores, malandros, etc., com a qual procuram não ser entendidos pelas outras pessoas.
Anos 60
ficar na aba - Viver às custas de, sob a proteção de, tirar proveito amarradão - apaixonado bamba - sambista da melhor qualidade, especialista bagulho - traste velho, imprestável ou pequena quantidade de droga, cigarro de maconha, baseado pedaço - mulher muito bonita e atraente pintar no pedaço - aparecer num local
Anos 70
dar um rolê - passear dar uma volta galera - grupo de pessoas farofeiro - morador de periferia que freqüenta praias em finais de semana e feriados, em geral com a turma ou a família, levando comida e bebida e incomodando os freqüentadores do lugar, quem não se comporta devidamente ou faz escândalo pá-virada - avessa aos padrões morgar - cansar, anestesiar, dopar ou debilitar, chapar
Anos 80
azaração - paquera arraso - pessoa com charme, elegância ou beleza fora do comum baba - muito fácil, teta, bico. babaca - bobo, mané, otário, estúpido, truculento, antipático balão - calote babado - Fofoca, boato quente e de primeira mão dar uns amassos - fazer carícias íntimas e altamente sensuais ferrar - sacanear, arruinar ficar - passar uma noite, uma festa ou um passeio com outra pessoa muvuca - confusão
Anos 90/00
cachorra - mulher fácil, oferecida, que se prostitui, ordinária, baranga passar cerol na mão - preparar cocaína para consumo, preparar-se para uma conquista preparada - mulher que quer transar popozuda - mulher de belas e generosas nádegas tanajura, raimunda tchutchuca - gatinha
(*)Luly Zonta/Especial para o JC
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