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“TRIBUTO A UM CÃO”

“TRIBUTO A UM CÃO”

Adilson Motta
“O mais altruísta dos amigos que um homem pode ter neste mundo tão egoísta e individualista, aquele que com certeza nunca o abandona, e nunca mostra ingratidão ou deslealdade... esse é o Cão”.

Estava numa clínica veterinária, e enquanto aguardava para que meu cão fosse consultado, corri os olhos nas fotos as quais decoravam a sala de espera, e deparei-me com uma das mais justas homenagens que já li. Conta que um ex-senador americano (então advogado), que na ocasião representou o dono de um cão, morto propositalmente a tiros pelo seu vizinho, ganhou a causa, e hoje existe na cidade de Missouri (EUA) uma estátua do cão assassinado, e este escrito na entrada do Tribunal de Justiça que diz o seguinte:

“Senhores jurados, o cão permanece com seu dono na prosperidade e na pobreza, na saúde e na doença. Ele dormirá no chão frio, onde os ventos do inverno sopram e a neve se lança impetuosamente. Quando só ele estiver ao lado de seu dono ele beijará acarinhando a mão, mesmo que não tenha alimento a oferecer, ele lamberá sem nojo, as feridas e as dores que aparecem nos encontros com a violência do mundo, ele guarda seu pobre dono enquanto dorme como se fosse um príncipe. Quando todos os amigos o abandonarem, tenha a certeza de que o cão permanecerá sempre fiel. Quando a riqueza desaparece e a reputação se despedaça, o cão é constante em seu amor, assim como o astro sol em sua jornada através do firmamento. Se a fortuna arrasta o dono para o exílio, o desamparo e o desabrigo, o cão fiel pede o privilégio maior de acompanhá-lo somente com a intenção de protegê-lo contra o perigo, para lutar contra seus inimigos. E quando a última cena se apresenta, que a morte o leva em seus braços e o seu corpo é deixado sob a laje fria, não importa que todos os seus amigos sigam os seus caminhos, lá ao lado de sua sepultura, ao lado de seu túmulo, ali se encontrará seu nobre cão com a cabeça entre as patas, com os olhos tristes, mas em atenta observação de fé e confiança, mesmo após a morte”. (Adilson Motta - RG. 7.466.983)




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