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02/11/01 00:00 -

Gália tem suspeita de desvio milionário

Gália tem suspeita de desvio milionário

Tânia Fonseca
Grande quantidade de tecido e confecções teria saído indevidamente da Beraldin Sedas em Gália, com destino a Nova Odessa.


Gália - A Polícia Civil de Gália abriu inquérito esta semana para investigar uma suspeita de desvio de mercadoria da Beraldin Sedas Indústria e Comércio Ltda. O prejuízo, se confirmado, pode chegar a casa dos R$ 6 milhões. Investigações preliminares apontam quatro funcionárias como suspeitas de envolvimento no suposto crime, que envolveria funcionários da empresa em Gália e também na cidade de Nova Odessa onde a Beraldin mantém loja e estoque de tecido e confecções em seda.

A polícia foi acionada para iniciar as investigações, na semana passada, através do proprietário da empresa, Ari Beraldin Júnior. As suspeitas de que algo poderia estar errado na empresa já vinham ocorrendo há algum tempo, mas segundo Beraldin e também o delegado João Camacho Ferrairo, foi na quarta-feira que um contador da indústria percebeu algo que causou estranheza e levou a uma apuração detalhada. De acordo com eles, um carregamento de seda deveria sair de Gália para Nova Odessa, sendo que o transporte seria feito por uma empresa de Marília. O valor descrito na Nota Fiscal chamou a atenção do contador, para quem, o produto descrito poderia ser transportado em apenas um veículo e não em dois como teria sido comunicado.

Diante da suspeita, o carregamento acabou não sendo efetuado e uma equipe se dirigiu até Nova Odessa para uma avaliação mais detalhada da situação naquela unidade. Chegando ao depósito naquela cidade, teria sido constatada uma grande quantidade de mercadoria que na verdade não deveriam ter saído da fábrica em Gália.

O delegado de Gália, João Ferrairo, disse que foi até Nova Odessa na segunda-feira e diante das suspeitas determinou a apreensão do material. “Ficamos cerca de 14 horas relacionando os produtos”, disse referindo-se ao grande volume de peças que foram trazidas para Gália. As investigações a partir de agora, segundo Ferrairo, se concentrarão para saber exatamente a quem pertence de fato a seda apreendida.


Afastamento


Num primeiro momento, as funcionárias sob suspeita, cujos nomes não foram revelados, foram afastadas da empresa. A intenção segundo Ari Beraldin Júnior é esclarecer todas as dúvidas que pairam sobre a questão.

Durante o transcorrer do inquérito, vários funcionários serão ouvidos pela polícia. “Queremos saber o que é de quem”, disse o delegado.

A Beraldin Sedas, onde se cultiva desde o bicho-da-seda, é hoje uma das principais fontes da economia de Gália. Com cerca de 200 funcionários diretos e muitos outros indiretos, a empresa é uma das principais geradoras de empregos no município, onde está instalada há cerca de 15 anos.




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