O combate à dengue em Bauru está contando com novas frentes de ação por parte do Departamento de Saúde Coletiva (DSC), ligado à Secretaria Municipal de Saúde. A informação é de Maria Helena Abreu, diretora do órgão.
Os procedimentos, reorganizados no início do segundo semestre deste ano, consistem em atividades educativas, visitas “casa a casa” (iniciadas em agosto), visitas intensificadas e detalhadas nos bairros em que houve transmissão da doença durante este ano e controle de pontos estratégicos - ferro-velho, casas de materiais de construção e borracharias, locais em que geralmente há mais de 100 pontos de criadouro que não podem ser removidos.
Maria Helena conta que o combate à doença é resultado de um trabalho conjunto entre a Vigilância Sanitária e a Vigilância Epidemiológica. A primeira é responsável pela parte preventiva, enquanto a outra cuida da transmissão e da investigação de casos suspeitos da doença.
Este mês, já o Núcleo Gasparini já passou pelas visitas do DSC e o trabalho no Núcleo Habitacional Mary Dota está sendo concluído. Os próximos bairros são Jardim Bela Vista e Núcleo Geisel.
No primeiro semestre deste ano, foram desenvolvidas cerca de 165 mil atividades pelo DSC referentes ao controle do Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença. Foram visitados 147. 244 imóveis e 196 pontos estratégicos (ver quadro).
Vale lembrar que os últimos registros da doença em Bauru, este ano, foram feitos em junho. Foram confirmados 90 casos, sendo 76 deles adquiridos no Município.
Ainda que as estratégias de trabalho estejam sendo renovadas, a falta de recursos ainda é um agravante no combate à dengue, de acordo com Maria Helena. “A gente tem conseguido levar um trabalho razoável, mas ainda nos faltam recursos”, disse.
Além de recursos materiais, como computador e viaturas, há carência de pessoal. A equipe destinada ao combate à doença é composta por 110 pessoas. O ideal é de 130. As solicitações feitas ao Estado não foram atendidas. A diretora do DSC acredita que, no geral, as atividades do Município estão “razoavelmente adequadas”. “Mudamos a estratégia de trabalho e conseguindo fazer um trabalho adequado”, avalia.
Maria Helena acrescenta que outras atividades poderiam complementar o trabalho da Secretaria de Saúde, como o recolhimento de pneus das borracharias, por parte da Empresa Municipal de Desenvolvimento Urbano e Rural de Bauru (Emdurb). Ela afirma que foram feitas solicitações para que a Secretaria Municipal de Obras utilize os materiais na pavimentação de ruas do Município. “Os borracheiros não têm onde colocar os pneus utilizados”, destaca.
A necessidade de outras unidades de reciclagem de lixo em Bauru é outro aspecto apontado como importante no combate à dengue. “Muita gente trabalha com esse lixo deixa ele ao relento. Eles são grandes criadouros do mosquito”, frisou Maria Helena.
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