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35 reeducandos são transferidos

35 reeducandos são transferidos

Ieda Rodrigues
Após um funcionário reclamar que um reeducando o tentou agredir, na semana passada, e por conta de informações de que os internos possuíam armas brancas, a direção do IPA solicitou a transferência de 35 dos 656 que cumprem pena na unidade. Os 35 reeducandos receberam o ofício informando que seriam transferidos ontem, na hora da saída provisória para Finados.

O diretor do IPA, Gilberto de Assis Oliveira, acredita que, com as 35 transferências, o clima na unidade vai ficar mais calmo. O JC recebeu informações que os funcionários do presídio vinham sendo ameaçados com freqüência, inclusive com arma de fogo, por reeducandos. Ainda de acordo com a fonte, os funcionários estariam trabalhando sob forte tensão porque existiriam grupos rivais no presídio, sendo um deles ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC).

Oliveira afirmou que, nos últimos meses, recebeu apenas uma denúncia de tentativa de agressão, que será apurada em sindicância interna, como normalmente ocorre em situações semelhantes. Segundo ele, o IPA, por receber reeducandos de vários presídios do Estado de São Paulo, realmente abriga alguns simpatizantes do PCC, mas desconhece a existência de grupos rivais ao ponto de colocarem em risco os funcionários.

Sobre a posse de armas, Oliveira explicou que em função do regime de prisão ser semi-aberto e o IPA ter 650 hectares de área, fica muito difícil evitar que os reeducandos fabriquem artesanalmete armas. Antes que os 577 reeducandos com direito à saída provisória para passar o feriado de Finados com suas famílias deixassem o IPA, ontem pela manhã, eles foram submetidos a uma revista.

Na operação, que contou com apoio da Polícia Militar, foram apreendidas 20 armas brancas, feitas artesanalmente com pedaços de ferro e outros materiais encontrados no próprio presídio. Quando os reeducandos saíam do IPA, ontem pela manhã, a Polícia Militar, que apoiava a operação, apreendeu um Alfa Romeu com placas de São Paulo e, em seu interior, jóias e relógios. O Tático da PM abordou o motorista do Alfa Romeu, José Avelino dos Santos, 61 anos, na entrada do presídio.

Santos contou que havia vindo a Bauru para levar dois reeducandos para São Paulo. Os policiais suspeitaram de Santos e do outro ocupante do veículo quando pediram a eles seus documentos pessoais e do carro. De acordo com o sargento Willian, do Tático, Santos apresentou um boletim de ocorrência elaborado em Osasco no qual informava que ele havia perdido todos seus documentos e do veículo.

Ao checar a situação do Alfa Romeu através da placa, os policiais descobriram que o pagamento do licenciamento estava atrasado. Os policiais fizeram a apreensão do carro e acabaram encontrando em seu interior jóias, que seriam de ouro, e relógios de marcas famosas. Santos alegou que as jóias eram bijuterias e que ele as havia comprado para dar de presente a sua mulher. As jóias foram apreendidas.




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