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20/10/01 00:00 -

Dise apreende maconha aromatizada

Dise apreende maconha aromatizada

Rita de C. Cornélio
Para disfarçar o cheiro característico da droga, a maconha foi submetida a tratamento químico à base de aromas

A Delegacia de Investigação Sobre Entorpecente (Dise) de Bauru apreendeu, ontem, 1.100 gramas de maconha no Núcleo Geisel. O detalhe da droga, que chamou a atenção dos policiais, é que estava aromatizada - passou por um tratamento químico para retirar o cheiro característico, provavelmente para dificultar a identificação por parte da polícia.

O caso vinha sendo investigado pela Dise há vários dias e a apreensão foi desencadeada graças a uma denúncia. Como os investigadores nunca encontravam os moradores da casa denunciada, o delegado Adib Jorge Filho optou por pedir autorização judicial para a busca e apreensão.

De posse da autorização, a casa indicada pelo denunciante, localizada na quadra 4 da rua Pedro Campos, foi cercada, no início da manhã de ontem. O morador, cujo nome não foi divulgado pela Dise, acuado, tentou se desfazer da droga, atirando-a através de um vitrô, dos fundos da residência.

A estratégia de se desfazer da maconha não deu certo porque a casa estava cercada. O morador, Magu, como é conhecido pela polícia, acabou entregando-se. Na busca feita na casa, os policiais encontraram um revólver, calibre 38, municiado com cinco projéteis.

A arma, da marca Rossi, estava escondida sob o colchão da cama do acusado. Na estande da sala e no quarto foram encontrados, ainda, seis rolos de fitas adesivas, próprias para embagem de droga.

Ao apreender o tijolo de maconha, os policiais depararam com uma situação nova: a aromatização da droga para despistar o cheiro que, muitas vezes, denuncia a existência do entorpecente no local. Segundo o delegado Adib Jorge Filho, a maconha apreendida passou por um tratamento químico diferenciado, à base de aromas para disfarçar o cheiro da droga, porém com o mesmo efeito de entorpecente.

Outra novidade encontrada com o acusado foram cinco projéteis revestidos de teflon. “É um revestimento sintético de teflon, que é proibido no Brasil. O efeito do revestimento é dificultar a identificação da arma. O teflon impede que fiquem marcas na arma, quando o projétil é deflagrado. Ou seja, se ele usar a arma para matar alguém, dificilmente conseguiríamos provar que aquele projétil saiu daquela arma”, disse o delegado.

Flagrante

O rapaz foi autuado em flagrante pelo artigo 12 da Lei 6.368/76 e poderá ser condenado de três a 15 anos de reclusão. Ele também foi autuado por porte ilegal de arma, artigo 10 do Código Penal, com pena prevista de um a dois anos de detenção. O revólver foi apreendido.




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