Luiz Cássio Moura diz que entidade tem legitimidade de representação da categoria. Para ele, Sinergia distorceu realidade
O presidente do Sindicato dos Empregados na Geração, Transmissão e Distribuição de Eletricidade de Bauru (SindLuz), Luiz Cássio Delise Moura, afirmou que não há disputa por base sindical, como alega o Sindicato dos Eletricitários (Sinergia-CUT). De acordo com ele, o SindLuz tem a legitimidade dos 11 anos de atuação junto à categoria profissional. Moura afirma que essa representatividade é marcada pela legalidade e pertinência do poder de negociação nos dissídios salariais da categoria.
Por esta razão, destaca o sindicalista, a entidade assina acordos e realiza negociações com a Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL), Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (CTEEP) e Geração Tietê.
Em relação à matéria publicada na página 4, da edição de ontem do Jornal da Cidade, Moura procurou a redação para dizer que considerou alguns pontos distorcidos pelo Sinergia.
No que se refere ao abaixo-assinado com 200 assinaturas, levantadas pelo Sinergia, estaria motivando a realização de um referendo para ratificar em Bauru a representatividade do Sinergia-CUT, Moura enfatiza que os trabalhadores não sabiam o que estavam assinando. Segundo o presidente, eles achavam tratar-se da cláusula para acordo coletivo com vistas à participação nos lucros (PLR).
Outro fato citado por Moura diz respeito à ação judicial junto à CEETEP, que teria prejudicado os trabalhadores em um acordo salarial. De acordo com as informações de Moura, a referida questão judicial não foi vencida em última instância. Ele explica que o fato em si versa sobre o não-cumprimento de uma determinação do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo (TRT). Frente a esta situação, o SindLuz impetrou uma ação para fazer valer a legalidade e, então, a empresa entrou com efeito suspensivo pressionando a assinatura do acordo para 2001.
Moura explica que não houve prejuízo para a categoria e que por apenas dois dias a empresa deixou de pagar os 7% do aumento. Entre as negociações, ele cita que já foi renovado o acordo para 2002.
O presidente do SindLuz nega a disputa de base. Sobre o assunto, ele diz que, em 1989, um sindicato de Campinas tentou impugnar sem sucesso a base bauruense. Moura enfatiza que a ação do sindicato tem por base a democracia, mas que no caso, o sindicato de Campinas, não fez valer o direito da livre associação previsto no artigo 8.º da Constituição Federal.
Entre os assuntos em pauta está a questão do referendo. Segundo ele, não há tal transparência, visto que a atuação do Sinergia não está fixada em determinações legais, ou seja, não permite sua atuação em assinatura de acordos.
Neste sentido, Moura afirma que trabalhadores da CPFL e CEETEP não vão participar do ato programado para o dia 22.
Amanhã, o SindLuz estará elegendo sua nova diretoria. Moura está encabeçando a chapa única.
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