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14/10/01 01:00 -

Situação das igrejas

Situação das igrejas

Josefa Cunha
Por terem sido originalmente construídas para a atividade religiosa, as igrejas católicas estariam em vantagem no que se refere às normas de segurança, certo? Errado. Todas, sem exceção, estão fora dos padrões exigidos pelo Corpo de Bombeiros, embora umas com menor necessidade de reformas. Se o problema fosse a acústica, não haveria problema, haja vista que os templos católicos, em sua maioria, são construídos em praças e longe de vizinhos, sem falar que a própria natureza das missas é mais silenciosa.

O grande obstáculo a ser ultrapassado pelas paróquias tem relação direta com a estrutura dos prédios, ou seja, muitas das adaptações que se fizerem necessárias deverão implicar a mudança arquitetônica dos tradicionais prédios. A igreja Nossa Senhora Aparecida, por exemplo, tem portas laterais que fazem divisa com grades de um lado e com um colégio, do outro, o que faz da entrada da frente a única passagem os fiéis. Além disso, a porta não está adaptada com o sistema de travas antipânico, outra exigência legal.

Na Santa Rita, o problema se repete. As saídas laterais são bastantes limitadas por conta de grades colocadas depois que a igreja passou a ser alvo constante de ladrões. Outro detalhe é a grande escadaria que dá acesso à entrada principal, que deveria ter uma rampa para o escoamento complementar do fluxo de pessoas.

A situação da Catedral do Divino Espírito Santo seria mais complicada ainda, pois concentra um número muito grande de fiéis durante as missas apesar de possuir apenas as portas da frente para a entrada e saída de pessoas. As portas laterais existem, mas dão para corredores tão estreitos que seria desaconselhável utilizá-los em caso de uma evacuação de emergência. Qualquer adequação, portanto, exigiria mudanças na fachada da igreja e nas próprias laterais.

A paróquia Santa Rita de Cássia não precisou passar por mudanças tão estruturais - adotou a porta antipânico e rampas de acesso -, mas tem outras exigências a cumprir. “Estamos fazendo uma campanha extraordinária de arrecadação de fundos para cumprir o projeto de adaptação que nos foi apresentado pelo Corpo de Bombeiros. Temos que conseguir R$ 22 mil, que serão aplicados na construção de uma grande caixa d’água, instalação de hidrantes (o terreno muito grande exige), sem falar na nova troca da fiação, agora necessária para suportar a luz de emergência”, listou o monsenhor Almir José Cogiola, pároco de Santa Rita. É na comunidade, por sinal, que as paróquias deverão apostar para conseguir custear as adaptações.




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