Estelionatários venderam pelo menos 16 carros em Bauru, comprados em São Paulo, mas que não foram pagos.
Mais de 15 pessoas foram enganadas e poderão perder os bens adquiridos de dois estelionatários que agiam em Bauru. Rodolfo Saul Lourenço e Luiz Marcelo Lima, acusados de serem os estelionatários, estão sendo procurados pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Bauru. O golpe aplicado pela dupla de estelionatários rendeu mais de R$ 100 mil e lesou cerca de 30 pessoas.
Os golpistas agiam ao mesmo tempo na Grande São Paulo e em Bauru, faziam vítimas por onde passavam, segundo o delegado titular da DIG, J.J. Cardia. “Inicialmente, eles procuravam um estacionamento na Grande São Paulo. Nas primeiras quatro vezes compravam carros e pagavam corretamente”, contou.
Após ganharem a confiança do comerciante, eles passavam a adquirir veículos com cheques sem fundos. “Eles adquiriam os veículos e pagavam com cheque pré-datado. Após 30 dias, o comerciante verificava que o cheque não tinha fundos. Tentava localizar um deles e não conseguia”, explicou.
Outra tática usada pelos estelionatários, de acordo com Cardia, era conquistar a confiança do comerciante e, em seguida, pegar o veículo para experimentar ou em consignação. “Ele pegava o carro, trazia para Bauru e vendia por preço inferior ao praticado no mercado para terceiro de boa-fé”, disse Cardia.
O delegado J.J. Cardia lembra que as investigações estão sendo realizadas já há algum tempo por uma equipe especializada da DIG. Até ontem, 16 veículos - três Corsa, um Fiat Palio, um Fiesta, uma BMW, uma S-10, um Mazda, três Gol, um Ômega, um Escort, uma D-20, uma Parati e um Santana - tinham sido apreendidos.
Cardia contou que está fazendo a apreensão dos veículos e deixando com os terceiros que adquriram o bem de boa-fé. “Faço a apreensão e deixo depositado com o terceiro. Posteriormente, o dono do estacionamento e esta pessoa vão discutir a propriedade na Justiça”, disse.
Ambos os acusados estão foragidos e a polícia continua nas investigações para localizá-los. Segundo o delegado J.J. Cardia, eles agiam em conjunto. “O Rodolfo Saul Lourenço era o que comprava os veículos enquanto que Luiz Marcelo Lima emitia os cheques”, disse.
Os dois, quando localizados, irão responder por estelionato quantas vezes forem os casos registrados pela DIG. “Eles serão responsabilizados por estelionato e por apropriação indébita”, afirmou o delegado. As vítimas que adquiriram os veículos dos acusados correm o risco de perder o bem, pois compraram de quem não era o verdadeiro dono.
O delegado calcula que mais de 30 pessoas de Bauru caíram no golpe e estão com carros irregulares. “Essas pessoas devem procurar a delegacia para poder regularizar a situação, por hora”, orientou.
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