Dia 19/09/01, às 19:30 horas, presenciei um acidente de uma moto com um carro, na esquina da r. 13 de Maio com r. Ezequiel Ramos. Com a chegada da viatura do Resgate. Aproximei-me de um dos membros da equipe cujo nome, infelizmente, não pude ver e disse: Eu sou médico e gostaria de saber se posso ser útil? Para minha surpresa ouvi como resposta “Sai daqui que você já está ajudando muito”. Tive vontade de procurar saber o nome deste despreparado policial. Eu até esperava uma resposta tipo: “Obrigado, está tudo sob controle”. embora o rapaz inspirasse cuidados urgentes pois tinha traumatismo craniano e estava completamente imóvel e em posição totalmente deformada. Não sei se é ordem do Comando não aceitar ajuda de terceiros, mesmo que mais qualificados que os bombeiros, mas tenho certeza de que não são orientados para recusar ajuda com tanta grosseria. Por outro lado eu me pergunto: fosse filho do referido bombeiro a vítima em questão, será que ele teria recusado a ajuda? Curiosamente, eu e mais quinze colegas, todos plantonistas dos Pronto-Socorros Municipais, terminamos no dia 26 de agosto de 2001 um curso do Colégio Americano de Cirurgiões: Advanced Trauma Life Support (Suporte Avançado de Vida no Trauma) e na primeira oportunidade em que me disponho a colocar meu conhecimento a serviço do próximo sou repelido com descaso e falta de educação. É lamentável. Só me resta torcer para que o acidentado se recupere das lesões. (Dr. Áureo Antonio Érnica - CRMSP 33.576)
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