A violência anda rondando nossas vidas, e nós nem temos atentado para isso. Às vezes, sentados em frente à TV, nos deparamos com ela; coisa grave, chocante, inconcebível! Acontece que a violência nos cerca, nos faz reféns. Alguém já parou para pensar na violência dos sinais de trânsito, onde todos os dias, centenas de crianças lutam por ridículas moedas? Ou então na violência contra os trabalhadores, que sem emprego, migram para a economia informal, sem direitos adquiridos, muito menos garantias? Não bastassem esses dois simples exemplos, ainda temos a violência cometida contra o cidadão pagador de impostos, que não tem saúde, educação, segurança pública e, pior, convive com a modernidade tucana - o apagão.
Parece que estamos perdendo a capacidade de nos indignarmos com a violência que maltrata a todos sem distinção, ricos ou pobres, católicos ou evangélicos, negros ou brancos. Até quando vamos nos esconder atrás das muralhas dos condomínios fechados, diuturnamente vigiados e protegidos com cães e cercas eletrificadas, até quando? Violência é um problema social, portanto, um problema de todos nós, afinal estamos sendo violentados freqüentemente. Não podemos esperar mais; há uma guerra civil social silenciosa nas ruas que precisa ser combatida na sua origem - não com mais violência - com ações democráticas, que possam viabilizar um novo modelo econômico, porque esse que está aí, fracassou! (Marcelo Malacrida - RG: 18.218.390-7)
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