A necessidade de perfuração do poço Roosevelt II levou o DAE não só a atropelar o processo. Embora a autarquia soubesse de antemão, desde o dia 05/04/99, que o fornecimento de energia elétrica para os testes do novo poço eram de sua responsabilidade, o serviço não foi feito. Com isso, em agosto do mesmo ano, a Hidrogeo cobrou e o DAE pagou R$ 20.160,00, também sem licitação, pela utilização de gerador de energia na obra.
A empresa cobrou os serviços de transporte do conjunto, óleo diesel e lubrificantes, seguro dos equipamentos e supervisão técnica. O ressarcimento pela despesa, que era de obrigação da autarquia, foi autorizado pela consultoria jurídica sem a discussão sobre a necessidade de licitação, ou até mesmo sua dispensa, em se tratando de um serviço acima dos limites previstos em lei para a contratação direta. Outro fator, é que o poço Roosevelt II fica a apenas três quadras do Roosevelt I, em uma rua com energia elétrica instalada há muitos anos, logo em frente à obra.
Outro ponto vem da previsão da Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL) para a autorização do projeto e providência para o fornecimento de energia elétrica. Segundo o gerente operacional ouvido pelo JC, Paulo Bombassaro, o projeto leva 7 dias para ser aprovado pela companhia, no máximo 10 dias. O paradoxo não está só no prazo. Não se pode perder de vista que era uma obra emergencial. A CEI solicitou à CPFL documentos que informem também quando o DAE solicitou o fornecimento de energia elétrica no Roosevelt II.
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