Pederneiras - Uma composição da Ferroban atropelou e matou, anteontem à tarde, em Pederneiras, o motorista Alcindo Furtado de Moura, 37 anos.
A polícia não sabe ainda se o acidente foi provocado pela própria vítima (suicídio) ou por impossibilidade do maquinista em frear a composição. O laudo pericial - peça chave para saber o que realmente aconteceu - deve ser concluído dentro de dez dias.
De acordo com a versão apresentada pelo maquinista à polícia, quando ele notou que havia uma pessoa deitada sobre os trilhos, ele acionou o apito e tentou frear a composição, mas não conseguiu parar a tempo de evitar o atropelamento.
O maquinista informou ainda que Moura percebeu a aproximação do trem, mas não saiu dos trilhos. O único movimento da vítima teria sido o de ficar em pé, segundos antes do choque.
Apesar dos indícios de que Moura tenha provocado sua morte, o delegado Eduardo Samuel Sganzela não descarta a possibilidade do acidente ter ocorrido por outros motivos. “Por enquanto, a gente não sabe se foi suicídio. Nós vamos aguardar os resultados do laudo pericial para saber o que aconteceu.”
O delegado revelou ainda que, ao lado dos trilhos onde estava deitado Moura, foram encontradas duas garrafas de bebida alcoólica. O cheiro exalado pelo corpo da vítima também estaria reforçando as suspeitas de embriaguez, levantadas por Sganzela.
Apesar das fortes suspeitas, o delegado reconhece que ainda é cedo para fazer qualquer afirmação a respeito da condição em que se encontrava a vítima; se estava embriagado ou não.
Após o acidente, Moura foi encaminhado ao Instituto Médico Legal, em Bauru. Ele estava sem documentos e foi reconhecido apenas ontem de manhã por seu irmão. Moura foi levado de volta a Pederneiras, onde reside a família e seria enterrado ontem à tarde.
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