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Surge pista sobre morte de professora

Surge pista sobre morte de professora

Tânia Fonseca
Morte da professora Milva, de Jaú, em agosto do ano passado, tornou-se um mistério. Retrato falado traz esperanças.

Jaú - A Polícia Civil de Jaú está divulgando o retrato falado de um rapaz que supostamente estaria envolvido na morte da professora Milva Merchan Ferraz, 32 anos, ocorrida no começo de agosto do ano passado. Ela ficou desaparecida entre os dias 4 e 19 de agosto, tempo em que a agonia dominou o clima entre amigos e familiares.

Desde a data da morte da professora Milva, a polícia não conseguiu ainda chegar a provas suficientes para incrinar alguém. De acordo com o delegado Edmilson Marcos Bataier, da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), recentemente surgiu uma testemunha, que pode ajudar nas investigações. Essa pessoa, cuja identidade não está sendo revelada porque a polícia não descarta a hipótese de uma “queima de arquivo”, se prontificou em descrever as características do suspeito. Com as informações, foi então elaborado o retrato falado (veja cópia ao lado).

Essa testemunha, segundo o delegado, afirma ter visto um rapaz dirigindo o carro (Uno) da professora, no dia seguinte ao desaparecimento dela. Milva teria sido vista pela última vez na sexta-feira e a testemunha teria visto o suspeito como carro, em Jaú, no sábado. Ainda segundo Bataier, a testemunha foi bastante precisa e deu inclusive detalhes de um trejeito que o suspeito apresentava: balançar a cabeça para afastar o cabelo dos olhos.


Retrato falado


A testemunha informou à polícia que o suspeito tinha aproximadamente 1,70 metro de altura, cabelos castanho claro, pele branca, idade aparente entre 18 e 20 anos, além de balançar a cabeça com certa freqüência, supostamente para afstar a franja dos olhos.


Disque-denúncia


Qualquer informação sobre o fato pode ser passada à polícia através dos telefones (014) 622-1174 ou 622-1222. Segundo o delegado, denúncias podem ser feitas anonimamente, se a pessoa preferir. Caso prefira se identificar, a polícia garante total sigilo sobre a identidade do colaborador.


O crime

Na época em que morreu, Milva, que tinha uma filha, estava dando entrada em seu processo de divórcio. A última pessoa da família que teria estado com a professora antes de seu desaparecimento foi a prima Sônia Merchan. Segundo ela, Milva se despediu dizendo que estava com fome e por isso iria comprar um lanche. Não voltou mais!

O caso Milva tem intrigado a polícia. Primeiro, foram as roupas da professora encontradas ao lado do carro num matagal na periferia de Jaú. Segundo a prima Sônia Merchan, eram exatamente as mesmas peças que ela estava usando na noite de seu desaparecimento. As roupas estavam intactas, como se tivessem sido tiradas com muita calma. Não havia manchas de qualquer tipo e também não estavam rasgadas.

O corpo da professora foi encontrado semi-nu, no dia 19 de agosto de 2000, num canavial, nas proximidades de uma estrada vicinal que liga Mineiros do Tietê a Barra Bonita e apresentada sinais de estrangulamento.




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