A blitz feita pela Polícia Militar em pontos de prostituição da área central de Bauru, na quinta-feira à noite, encaminhou dois adolescentes para o Conselho Tutelar. Um deles, um menino que disse ter 14 anos, estava travestido de mulher.
O tenente Jovercy Bergamaschi Júnior, comandante da Base Centro, que coordenou a blitz, explicou que a prostituição não é punível por lei. No entanto, o objetivo da blitz é coibir corrupção de menores, tráfico de drogas e outros delitos que possam estar ligados à prostituição. Na blitz também foram apreendidas duas pedras de crack e uma porção de maconha.
As drogas haviam sido abandonadas na via pública, próximo de um grupo de pessoas. No entanto, a PM não conseguiu apurar a quem pertencia as drogas. Segundo Bergamaschi, a blitz estava programada antes do assassinato de uma adolescente, que supostamente fazia programas sexuais, na semana passada.
O tenente Bergamaschi disse que as blitze continuam, provavelmente serão realizadas mensalmente. Ele ressaltou que as blitze, além de visar a segurança pública, também é um trabalho social à medida que encaminha menores para o Conselho Tutelar, e até de saúde pública.
Silvana Güitter, que atendeu os adolescentes encaminhados pela PM, disse que o menino travestido de mulher se negou a conversar, inclusive a contar o endereço de sua família. Diante da situação, e da falta de uma entidade para receber adolescentes na sua condição, o menino foi liberado.
Anteontem, no entanto, o menino foi encaminhado para a delegacia outra vez, após ser pego brigando na rua. Desta vez, o Conselho Tutelar o encaminhou para a Gilgal, onde ficará abrigado. A outra adolescente, do sexo feminino e de 16 anos, foi entregue à sua mãe.
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