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05/09/01 00:00 -

Dota Jr. vai interpelar Agostinho

Dota Jr. vai interpelar Agostinho

Gilmar Dias
Vereador afirma que se sentiu “ofendido e ultrajado” ao ser citado por peemedebista na sindicância da escuta.

O líder do prefeito Nilson Costa (PPS) na Câmara Municipal, Milton Dota Jr. (PPS), anunciou, ontem, que vai interpelar judicialmente o vereador Rodrigo Agostinho (PMDB) (foto) para que ele esclareça declarações feitas à comissão de sindicância da Câmara Municipal, que apurou a instalação de um aparelho de escuta na sala da presidência da Casa. O peemedebista citou o nome de Dota Jr. no depoimento.

O parlamentar do PMDB declarou à comissão que ouviu de alguns alunos da Faculdade de Direito da Instituição Toledo de Ensino (ITE) - sem precisar os nomes - que um filho do delegado JJ Cardia teria afirmado que as investigações já apontavam a autoria do crime da escuta, oportunidade em que foi citado o nome do vereador Dota Jr. Esta informação prestada por Rodrigo à sindicância foi confirmada pelo vereador Luiz Carlos Valle (PSB).

“Ele (Agostinho) vai ter que, no mínimo, se retratar e esclarecer esses fatos que ficaram obscuros. Estou no meu primeiro mandato como vereador e tenho de dar satisfação para muita gente. Me senti ofendido, ultrajado e até mesmo surpreso”, afirmou o parlamentar do PPS, que se mostrou irritado com o peemedebista.

Dota Jr. diz que sempre agiu com lealdade com seus companheiros de plenário. “Nunca dei ouvidos para fuxicos. Sempre achei que seria leviandade de minha parte em acusar alguém sem ter provas concretas”, afirmou. O líder do prefeito no Legislativo explicou que solicitou ao presidente da Câmara, vereador Walter Costa (PPS), cópia completa do processo, cujo relatório final foi divulgado anteontem.

O xerox da papelada ficou pronta na tarde de ontem. “Vou me debruçar no processo nesta noite (de ontem) para estudá-lo e avaliá-lo. Mas já adianto que vou até o fim nessa história. Dou um boi para não entrar em briga, mas quando entro dou uma boiada inteira para não sair”, disse. O vereador do PPS pretende, ainda hoje, se manifestar com mais detalhes sobre o assunto.

Vereador descarta acusação a Dota Jr.

O vereador Rodrigo Agostinho (PMDB) afirmou, ontem, que em momento algum em suas declarações dadas à comissão de sindicância acusou seu companheiro de plenário, Milton Dota Jr. (PPS), de ser o autor da escuta instalada na sala da presidência da Câmara Municipal. O peemedebista diz no seu depoimento que ouviu, de alguns vereadores, que Dota Jr. seria o possível suspeito da instalação da escuta devido seu envolvimento com o técnico de som Luiz Carlos de Castro. “Isso eu repassei para a comissão.”

Rodrigo explicou: “eu apenas repassei à comissão de sindicância informações que eu obtive no interior da Câmara Municipal ou em alguns outros lugares. Minha intenção foi apenas esclarecer alguns fatos.”

Ele esclarece, ainda, que ouviu uma “fofoca” nas dependências da ITE envolvendo um filho de um delegado, que teria comentado com pessoas que desconhece, que Dota Jr. possivelmente seria o autor do crime.

“Não dei importância para isso porque se o delegado tivesse encontrado o suspeito ele teria passado essa informação para a imprensa. Esse foi o motivo do comentário com o vereador Valle (Luiz Carlos Valle - PSB) para saber se ele tinha conhecimento que o delegado teria chegado a alguma conclusão nesse inquérito.”

O peemedebista conta que recebeu telefonemas de pessoas que queriam saber se ele tinha alguma prova contra o vereador Dota Jr. “Eu gostaria de esclarecer, mais uma vez, que, em momento algum no meu depoimento ou para qualquer pessoa, eu acusei o Milton Dota de qualquer fato. Eu não tenho prova nenhuma contra o Milton Dota.”




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