Os editores participantes do primeiro encontro do Grupo Editorial da ANJ, realizado ontem, na sede do Jornal da Cidade, destacaram o ineditismo do evento. Segundo eles, o projeto promoverá maior troca de informações entre os jornais do Interior e beneficiará diretamente o leitor.
“A reunião foi altamente positiva. É a primeira vez que os chefes de redação do Interior se reúnem para começar a discutir problemas comuns. Discuti-los conjuntamente é uma forma de enriquecer experiências, porque a soma agrega valores. A força coletiva pode levar ao êxito”, afirma Wilson Marini, editor-chefe da Folha da Região, de Araçatuba.
Além de estratégias editoriais, Marini acrescenta que as reuniões do Grupo Editorial podem facilitar a troca de informações sobre tecnologia empregada nos veículos de comunicação. “Para onde os jornais caminham? A Internet muda a maneira de se fazer jornal? Essas são alguns das questões que podemos discutir a partir da perspectiva dos veículos de comunicação do Interior. Espero que as reuniões continuem e que outros jornais filiados à APJ participem.”
Nelson Manzatto, editor-chefe do Jornal da Jundiaí, também considera importante a participação dos 15 jornais filiados à APJ nas reuniões do Grupo Editorial. “Dizem que a união faz a força e eu concordo com isso. Se todos trabalharem integrados, a tendência é que esse grupo de jornais seja fortalecido e tudo que gera soma de informação jornalística traz ganho para os leitores. Sempre que se traz de positivo para o jornal, o leitor é beneficiado”, sustenta.
Para Maria Antonia Dario, editora-chefe da Tribuna Impressa, de Araraquara, as reuniões do Grupo Editorial permitem que os jornais integrantes conheçam a força que têm e que, trabalhando fragmentados, não percebem. “O Interior do Estado está em nossas mãos. Unidos, podemos cobrar mais informações governamentais e das agências de notícias sobre o Interior de São Paulo. Juntos, vamos quebrar barreiras”, aposta.
A união dos conteúdos dos jornais em uma agência de notícias, acredita Maria Antonia, permitirá a veiculação de notícias sob o ponto de vista do Interior, não da Capital, onde a maioria das agências de informações estão sediadas. “Nossa realidade é outra e queremos mostrar isso sem pasteurizar o noticiário, como a ‘grande Imprensa’ faz. Vamos lutar com isenção por causas que promovam o crescimento da nossa comunidade, formando leitores cada vez mais críticos”, finaliza.
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