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PC do B quer unir partidos de oposição

PC do B quer unir partidos de oposição

Patrícia Zamboni
Para o presidente estadual do PC do B, Walter Sorrentino, só uma ação conjunta da oposição pode mudar rumos do País

A análise da atual crise econômica e política do Brasil e como romper o modelo que vem sendo seguido, no sentido de livrar o País do impasse vigente, são os principais temas das teses que irão nortear o 10.º Congresso do Partido Comunista do Brasil (PC do B). A informação é do presidente do comitê estadual do partido, Walter Sorrentino. Para ele, somente uma ação conjunta entre os partidos de oposição poderá gerar resultados no sentido de mudar os atuais rumos do País. Sorrentino esteve em Bauru, ontem, participando do ato de lançamento das teses do congresso do PC do B, marcado para dezembro.

De acordo com ele, uma das principais críticas do partido ao governo Fernando Henrique Cardoso é em relação à instalação da Aliança de Livre Comércio das Américas (Alca). Para Sorrentino, a Alca só servirá aos interesses norte-americanos. “Essa questão aparece como uma enorme ameaça sobre a própria existência da nação brasileira, tal como ela se constituiu. A Alca é de interesse, sobretudo, norte-americano. O Brasil está diante de um ponto histórico perigoso a persistir esse rumo atual do governo Fernando Henrique, do neoliberalismo. É notório que, diante dessa realidade, forças irão se unir, se levantar e o PC do B busca os caminhos para essa união e para essa alternativa. Nós combatemos esse rumo do governo FHC há muito tempo e agora é hora de nos preparar para a sucessão presidencial de 2002, que aparece como uma possibilidade extraordinária de alterar os rumos da nação brasileira. Esse será um dos objetivos do congreso”, diz o presidente do comitê estadual do PC do B.

O partido ainda não tem candidato próprio à Presidência da República e, segundo Sorrentino, a esquerda não tem condições de sustentar, sozinha, a batalha com possibilidade de vitória no que diz respeito às eleições do próximo ano. Por isso, o partido defende a união ampla de forças, tendo como núcleo os partidos de esquerda. “Com uma política ampla de união, essas forças podem, de fato, vencer as eleições. Mas a principal questão é a seguinte: vencendo, elas terão condições de governar? Então, isso impõe um arco amplo de forças e uma política muito clara de um novo rumo para o País”, observa.

De acordo com Sorrentino, a população estaria insatisfeita com a situação atual, mas, aparentemente, ainda não confiaria numa alternativa. Daí a necessidade, na visão do PC do B, de mostrar à sociedade que é possível criar um outro modelo econômico para o País. A questão da estabilidade, por exemplo, é possível através de outros caminhos, segundo afirma Sorrentino. “Esse caminho que está sendo seguido, em busca da estabilidade econômica, tem sido muito penoso para a população. Então, todo o processo de debates do nosso congresso está centrado na exigência de fundamentar esse outro caminho, esse outro modelo. O Brasil é uma das poucas nações, no contexto mundial, que têm condições de aspirar a um outro rumo e garantir um desenvolvimento autônomo e soberano, porque é um País repleto de potencialidades e riquezas”, diz.




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