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Há 45 anos Pelé deixava Bauru

Há 45 anos Pelé deixava Bauru

Luciano Dias Pires (*)
Quatro e oito de agosto, dias que poderiam ser comuns dentro do calendário, têm um significado todo especial para Bauru esportiva, pois foi nessas datas, em 1956, que Pelé viajou duas vezes em companhia do seu pai - Dondinho - até a cidade de Santos, levado que foi por Waldemar de Brito, consagrado craque do passado que jogou em grandes times do futebol brasileiro, na seleção, inclusive na Argentina. Quando ele assumiu a direção do juvenil do Bauru A.C., cujo primeiro treinador foi o esportista de nome Antoninho, com o conhecimento de que era possuidor orientou o menino Pelé e este, com facilidade assimilava os ensinamentos de Waldemar de Brito.

Sobre esses primeiros contatos de Pelé, com o Santos F.C., o Diário de Bauru, em sua edição de 10 de agosto de 1956, inseriu a seguinte notícia: “O garoto Pelé, filho do veterano e consagrado Dondinho, garoto esse que foi arrolado pela equipe do Santos, seguiu sábado último para a cidade da beira do Atlântico, tendo se apresentado ao técnico Lula. Pelé deverá estar em ação por esses dias, exercitando-se entre os suplentes da equipe Campeã da Técnica e da Disciplina e uma das mais sérias concorrentes ao título máximo da presente temporada”.

A história de Pelé em Bauru

Pelé teve brilhante carreira no futebol menor da Sem Limites. Começou jogando no 7 de Setembro, o time dos “pés-descalços”, depois passou pelo Ameriquinha para, posteriormente envergar o uniforme do juvenil do Bauru A.C. Por esta equipe disputou o inesquecível campeonato infanto-juvenil patrocinado pelo Diário de Bauru, cujo diretor era Nicola Avallone Jr. (ex-prefeito de Bauru e ex-deputado estadual). Nesse certame, Pelé começou a se destacar perante o público esportivo bauruense, pois muitas vezes jogou na preliminar das partidas realizadas pelo onze profissional do BAC.

Depois que o forte Baquinho encerrou suas atividades, Pelé foi jogar pelo Radium - futebol de campo e de salão - no qual continuou a sua caminhada ascensional. Porteriormente, quando o seu pai foi contratado como auxiliar técnico do Noroeste, Pelé passou a treinar no Alvirrubro - entre os amadores e profissionais - tendo, inclusive, por três ou quatro vezes integrado o time principal do E.C. Noroeste em jogos amistosos.

Tendo em vista o seu exuberante futebol, futuramente iria mesmo defender um clube de maior prestígio. O Noroeste tudo fez para contratá-lo, inclusive oferecendo, na época, o melhor salário que o clube tinha condições de pagar. Reuniões aconteceram, porém o destino de Pelé acabou sendo o Santos F.C. Foi então que em agosto de 1956, o maior atleta do século XX trocava Bauru pela cidade praiana e de lá para cá todos conhecem a sua história.

Fotografias, documentos e a completa história de Pelé poderão ser apreciadas no Instituto Histórico “Antônio Eufrásio de Toledo”, que funciona à rua Capitão Gomes Duarte, 13-41. Atende de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 12 horas e das 13horas às 16h30 horas. Aos sábados, das 8h30 às 10h30. Informações poderão ser obtidas pelo telefone 234-2508. E-mail: [email protected].

(*) Especial para o JC Cultura




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