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28/07/01 00:00 -

Com "pratas da casa", Bauru comemora título antecipado

Com "pratas da casa", Bauru comemora título antecipado

David Cintra
Bauru, organizadora dos 45º Jogos Regionais da 3ª Região Esportiva do Estado, já é a campeã da competição. O título já estava praticamente garantido desde quinta-feira. Ontem, somente uma tragédia no atletismo poderia ter colocado Piracicaba à frente. Mas os bauruenses não deram vexame, pelo contrário, acabaram conquistando o primeiro lugar no masculino e o vice no feminino, contribuindo de maneira decisiva para a vitória dos donos da casa.

Infelizmente, a performance de nossos atletas não pôde ser acompanhada de perto pelo público que prestigiou bastante todas as moidalidades disputadas nesta semana. As chuvas, que tanta falta fazem, desta vez atrapalharam e alagaram a pista de atletismo do Estádio Alfredo de Castilho, impedindo que se realizassem ali algumas das mais importantes provas dos Jogos. Um sistema de drenagem da água poderia resolver o problema. A verdade é que o episódio evidencia a falta de investimentos no esporte amador brasileiro. O problema não é de Bauru, é do Brasil todo.

Com raras exceções, Bauru disputou os Jogos Regionais com atletas da casa, não fez contratações. O resultado demonstra o potencial da cidade e deve ser encarado assim, como algo a ser mais explorado. O título deste ano deve ser o marco inicial de um trabalho a ser terminado e não o fim. Comemorar a conquista é um direito dos atletas e do povo, que com seus impostos financiou todo o trabalho, entretanto, analisar e corrigir as falhas e aperfeiçoar os acertos é um dever de todos.

Em praticamente todas as modalidades Bauru se destacou. É injusto dizer que esta ou aquela foi as melhor, todos deram o máximo para que este título fosse conquistado. Mas será impossível esquecer o exemplo de superação das ginastas olímpicas, principalmente da garota Bruna Perandré da Costa, que mesmo com a mão fraturada ainda conquistou uma medalha de bronze, depois de já ter ganho uma de ouro; as medalhas da natação, que não vieram por acaso, mas são rsultados de um trabalho sério desenvolvido pelas equipes do Sesi/Unimed/Prata e da Luso-Brasileira, num exempo de saudável rivalidade; a vibração das garotas de ouro do Bauru/Cambé, um time que ainda vai dar muito o que falar; o recorde de Rosenwald Toledo, um saltador que até há alguns dias treinava sem um colchão para amaciar suas quedas (tinha de cair em pé!); aliás é digno de menção as 25 medalhas do atletismo, uma equipe praticamente formada pelo Cabo Alcides, quase sem apoio financeiro; o vibrante time de vôlei feminino do BAC, que mostrou uma garra incomum e uma disciplina técnica e tática que só um treinador como José Izar poderia dar; enfim, todos os medalhistas, ou não, merecem um elogio público, infelizmente o espaço é curto.

Hoje, os bauruenses ainda podem comemorar mais duas medalhas de ouro, com suas principais equipes de esportes coletivos: o Noroeste, no futebol sub-21 e o Tilibra-Copimax, no basquete. Se não vierem estas medalhas, a comemoração será pelas outras 66 de ouro, 43 de prata e 27 de bronze conquistadas até ontem à noite e, principalmente pela superação dos atletas, que no restante do ano treinam sem equipamentos e instalações adequadas, mas assim mesmo são as únicas e verdadeiras estrelas desta conquista.

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