Apesar de localizar suspeito, polícia ainda não tem uma explicação para a retirada dos olhos do rapaz que foi assassinado.
Agudos - A Polícia Civil de Agudos prendeu ontem um rapaz que está sendo considerado o principal suspeito pela morte de João Alex Messias da Silva, 22 anos, assassinado, muito provavelmente na madrugada do último dia 17. A polícia não divulgou o nome do acusado, alegando que as investigação ainda estão em andamento e como outras pessoas devem ser ouvidas, isso poderia interferir no andamento das diligências.
Até ontem, o rapaz que foi detido negava ser o responsável pelo crime, segundo o delegado Eron Veríssimo Gimenez, que está conduzindo as investigações. A polícia, por sua vez, alega dispor de indícios suficientes para pedir a prisão temporária do suspeito. O motivo mais provável que pode ter originado o homicídio, segundo o delegado, tem uma conotação sexual e está relacionado a um encontro amoroso que teria ocorrido no local, onde, além da vítima, estariam outras quatro pessoas, sendo três rapazes e uma moça.
Durante as investigações, os policiais encontraram e apreenderam uma chave de fenda que estaria escondida num bueiro. Essa, segundo o delegado, pode até ter sido a ferramenta utilizada para agredir a vítima. A chave, medindo aproximadamente 23 centímetros, tem inclusive manchas de sangue.
As investigações sobre o crime tiveram início, segundo o delegado Eron, de imediato, com a preservação do local. Um raio de aproximadamente 500 metros ao redor do local onde o corpo foi encontrado, foi minuciosamente rastreado com o objetivo de encontrar algum indício que pudesse ajudar no esclarecimento do crime. Para tanto, o delegado dividiu a equipe de policiais composta pelos investigadores Jairo e Campos, agente Ademir e escrivão Paulo Bahia. A chave de fenda foi o objeto mais relevante encontrado.
Apesar de ter detido o suspeito, a polícia continua sem uma explicação lógica para o desaparecimento dos olhos da vítima, que foi encontrada na manhã da última terça-feira, num terreno gramado do Jardim Márcia. O delegado disse que até o começo da noite de ontem ainda não havia recebido uma das principais peças do processo investigatório, que é o laudo do exame de necropsia.
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