Sinserm comemora avanços

A diretoria do Sindicato dos Servidores Municipais (Sinserm) não é vista como um grupo de representação da categoria que cede com facilidade em uma negociação. Ao contrário, o Executivo costuma reclamar das reações duras da entidade, que as vezes não chega quase nem a conversar diante da iminência de que a reivindicação não será atendida. Estratégia à parte, o certo é que Sindicato e Executivo conseguiram conversar ontem. A avaliação da entidade é de que a greve foi positiva, provocou o avanço na negociação, os dias parados não serão descontados e os servidores “conseguiram sentir sua força”.

O Sinserm também aponta como vitória o fato da Administração garantir que não haverá retaliação para os servidores que participaram do movimento grevista. Para o sindicato, a participação de cerca de 1000 servidores na greve foi positiva, “porque a categoria acordou para a necessidade de se mobilizar e mostrou sua força. Quem não entrou em greve também aprendeu porque viu a força da mobilização, o que ajudará a termos mais adesão em ações futuras”, disse Sônia Carvalho.

Entre os pontos mais importantes conquistados com a greve, a entidade destaca a fixação da data-base da categoria, um pedido antigo que vinha sendo ignorado, a discussão sobre novo valor no vale-compra, a promessa de criação do Fundo de Assistência Social ao Servidor Municipal - que vai captar recursos através de percentual da taxa de inscrição em concursos públicos, venda de materiais inservíveis e doações diversas -, a manutenção, agora por escrito, do primeiro dia útil do mês para os pagamentos, o calendário de negociação, entre outros. A próxima reunião com o Executivo foi marcada para o dia 6 de agosto, às 15 horas. A Administração também falou em estudar a retomada do pagamento de progressão e licença-prêmio, segundo o sindicato, que disse estar dando “um crédito à Prefeitura”.