O 1.º Distrito Policial abriu inquérito para apurar a queda sofrida por Paulo Ricardo Gonçalves, 19 anos, do telhado do Centro de Formação e Aperfeiçoamento do Magistério (Cefam), que o levou para a UTI, na segunda-feira passada, e o dano causado no prédio. No local, a polícia apreendeu uma lata de tinta, um pincel, um frasco para mistura de tintas, material que indica que Paulo Ricardo e os dois ou três colegas que o acompanhavam pretendiam pichar o prédio.
Paulo Ricardo caiu do prédio, de uma altura de cerca de 15 metros, fazendo um grande buraco no telhado. Com a queda, o rapaz sofreu traumatismo craniano e foi internado em estado grave no Hospital de Base, onde até ontem à tarde permanecia. Segundo a polícia apurou até agora, o acidente aconteceu quando Paulo Ricardo e seus amigos, que haviam escalado o prédio do Cefam, se assustaram com uma pessoa que estava entrando no prédio e tentaram fugir.
Ao sair correndo sobre o telhado, Paulo Ricardo e um amigo caíram no chão. O outro rapaz, ainda não identificado, acabou deixando o local, mas Paulo Ricardo sofreu sérios ferimentos. A diretora do Cefam, ouvida ontem pelo delegado Dinair José da Silva, do 1.º DP, disse que os rapazes não tinham autorização para subir no prédio.
Silva explicou que foi solicitado laudo do prédio à Polícia Técnica para analisar o dano causado e se o grupo chegou ou não a pichar o local. O delegado chama a atenção para o fato de que pichação é crime e para o risco de acidentes como o sofrido por Paulo Ricardo. Ele disse que o rapaz poderia demorar a ser socorrido caso não estivesse no local alguém que possuísse a chave do prédio.
O delegado disse que espera que o infeliz acidente sofrido por Paulo Ricardo sirva de exemplo para quem ainda insiste em fazer pichações, muitas vezes em locais de difícil acesso e perigosos.
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