Prefeitura economiza 23% de energia

A medição do consumo foi feita em 216 pontos. Alguns órgãos municipais, no entanto, economizaram menos de 20%

A Prefeitura Municipal de Bauru conseguiu reduzir seu consumo de energia em 23%, em junho, primeiro mês de racionamento. O valor é a média obtida pela Comissão para Uso Racional de Energia (Cure), cujo cálculo foi baseado nas contas de energia referentes a junho e parte do mês de maio, de todos os setores vinculados à administração municipal.

De acordo com a assessoria de imprensa da Prefeitura, o cálculo foi baseado nas contas que venceram em junho, tendo como referência as metas de consumo de cada setor. Foram consultados os valores referentes a 216 pontos de medição de energia elétrica. O consumo de energia de semáforos, iluminação de vias públicas e praças foi apenas estimado.

Apesar da média de todos os setores da Prefeitura ter resultado em uma redução de 23% no consumo de energia elétrica, alguns deles não conseguiram atingir a meta estabelecida pela Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL). É o caso da Empresa Municipal de Desenvolvimento Urbano e Rural de Bauru (Emdurb), cujo consumo foi 13% maior que a meta. A assessoria de imprensa da Prefeitura alega que um dos agravantes do consumo da empresa é o Terminal Rodoviário, que funciona inclusive à noite e cujas luzes não podem ser totalmente apagadas.

A Secretaria Municipal de Educação (SME) e a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) também não conseguiram atingir as expectativas de consumo, gastando 9% e 3% acima de suas metas, respectivamente.

Além disso, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento (Sagra) consumiu energia elétrica num total de 44% acima da meta. A assessoria de imprensa da Prefeitura afirmou que o Recinto Mello Moraes representa uma dificuldade para o órgão no que refere-se ao racionamento.

Da mesma forma, de acordo com a assessoria, o almoxarifado central consumiu grande parte da energia gasta pela Secretaria de Administrações, cujo consumo foi de 36% acima do previsto.

As secretarias municipais de Bem-Estar Social (Sebes), de Meio Ambiente (Semma) e de Esportes e Lazer (Semel) obtiveram um consumo 8% acima da meta estipulada. Nesses casos, as dificuldades enfrentadas pela Prefeitura no que refere-se à economia de energia elétrica são as creches, o Zoológico e os ginásios de esportes, respectivamente.

A assessoria de imprensa enfatiza que as contas analisadas para os cálculos de redução de consumo, com vencimento em junho, referem-se a parte do mês de junho e parte do mês de maio, em que o racionamento ainda não havia começado. Portanto, espera-se que os resultados sejam melhores nos cálculos de consumo dos meses de junho e julho.

João Lima, membro do Cure, salientou que a Emdurb, a Semel e a SME devem pedir revisão de meta. “Algumas metas vieram abaixo do que realmente se consome, pelo período que a CPFL pegou para analisar. Teremos dados mais concretos com as contas de julho, porque a conta de junho pegou um período de maio e o racionamento começou no dia 4 de junho”, disse.

Lima afirma que os percentuais de redução de consumo foram calculados com base na meta estabelecida pela CPFL. A Companhia de Habitação Popular de Bauru (Cohab), por exemplo, obteve redução de 24% em relação à meta.

Entre os setores que também conseguiram atingir a meta proposta, estão o Gabinete, com de redução de 1%; a Secretaria de Economia Finanças, com diminuição de 20%; a Secretaria das Administrações Regionais (Sear), que economizou 3% além da meta, a Secretaria de Cultura, com redução de 10% abaixo da meta, e a Secretaria de Obras, que alcançou 2% além da meta.

No caso da Secretaria de Negócios Jurídicos, a meta alta estabelecida pela CPFL ajudou uma redução de 45% em relação à quantidade de quilowats/hora proposta pela concessionária, de acordo com Lima. “A média dos últimos três meses da Secretaria de Negócios Jurídicos é de 1.200 kw/h. A meta de consumo deles é de 1.961, ou seja, eles já estavam abaixo da meta mesmo antes do racionamento”, afirmou.