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Projeto do plano de saúde tem emendas

Projeto do plano de saúde tem emendas

Nélson Gonçalves
Além da própria Prefeitura, que vai apresentar duas emendas, vereadores devem propor mudanças hoje, algumas do sindicato

O Sindicato dos Servidores Municipais (Sinserm) deve apresentar emenda alternativa ao projeto de lei do prefeito que pretende criar um novo programa de saúde privado para o servidor. A emenda iria sair de discussão da diretoria da entidade com seu advogado, Sandro Luiz Fernandes, realizada ainda ontem à noite. O texto será proposto através de um dos 10 vereadores que discutiram o assunto com a entidade ontem à noite. A previsão é que o projeto de lei do prefeito sofra alguns remendos e, nem assim, havia garantia de que ele seria votado e aprovado na sessão de hoje à tarde, na Câmara.

Segundo Eliane Koti, diretora do Sinserm, foi feito um acordo em uma reunião realizada ontem à tarde com 10 vereadores. Pelo acordo, os vereadores iriam encampar proposta a ser encaminhada hoje pela entidade. Entretanto não há consenso no grupo de vereadores que foi até a entidade ontem. Para alguns, o percentual de 5% de recolhimento para o servidor para o plano de saúde é uma proposta razoável. Mas o sindicato teme que o resultado final das contas prejudique o servidor. O Sinserm não concorda com o total de 13% de recolhimento para saúde e previdência, sendo mantidos os 8% para o segundo item.

Sobre as propostas a serem apresentadas podem permanecer mais de uma alternativa, todas, entretanto, com percentuais ou valores finais diferentes do que está no projeto do prefeito, de recolhimento de 5% para o servidor. De certo, o que estava garantido ontem à noite era que o projeto terá emendas. A própria Prefeitura vai apresentar duas mudanças, embora tenham a intenção de aperfeiçoar o texto original. Em uma delas será incluído o benefício para aposentados e pensionistas, item que acabou não entrando neste substitutivo do prefeito.

Também falta definir, entre alguns vereadores, a base para o recolhimento no salário do servidor. Há uma corrente contrária ao recolhimento sobre o salário bruto. Como o projeto não seria claro sobre este ponto, o servidor teria incidindo sobre o recolhimento conquistas como qüinqüênio e gratificação, que não fazem parte do salário padrão. Por outro lado, esta abertura vai possibilitar à Prefeitura arrecadar mais para financiar o plano de saúde privado. Todas essas discussões serão feitas hoje à tarde, a partir das 14 horas, quando terá início a sessão extraordinária na Câmara.

Fim do contrato

Esta discussão está acontecendo porque, em razão do fim do contrato com a Unimed, a maioria dos vereadores se dispôs a estudar um novo projeto de lei ainda neste mês. Por outro lado, alguns vereadores continuam defendendo que o benefício não tenha nenhum custo para o servidor, hipótese descartada pelo grupo do prefeito em função da limitação de receita.

Pelo texto original deste novo projeto, o recolhimento será de 5%. Ou seja, cerca de 60% do quadro de servidores, com salários de até R$ 350,00, passariam a pagar cerca de R$ 17,50 para ter o benefício. A vantagem é que, diferentemente da proposta que havia sido apresentada pela Prefeitura, apenas o servidor titular pagaria a contribuição, que seria extensiva à toda a família no caso de adesão. Neste primeiro projeto do prefeito, que acabou nem sendo votado pela Câmara, o servidor arcaria com 30% do custo de todo o plano e o Executivo com 70%.

Na oportunidade, a maioria dos vereadores considerou que a proposta do Executivo era inviável para mais da metade dos servidores, notadamente aqueles que têm o menor salário. Isso porque para uma família com quatro dependentes (filhos e esposa), o servidor com salário de R$ 350,00 pagaria R$ 60,00 só de plano de saúde. O cálculo foi feito para uma estimativa de custo de R$ 40,00 per capita para o plano. Pela nova proposta, a mesma família contribuiria com apenas R$ 17,50, sendo que todos os dependentes teriam o plano.

Pela nova alternativa, os servidores contribuiriam com R$ 265 mil mensais para o custeio do plano se todos os servidores aderissem. Já a Prefeitura continuaria arcando com um teto de R$ 350 mil/mês, conforme estipulou a própria Secretaria Municipal de Finanças. A arrecadação mensal, em caso de adesão total, seria de R$ 615 mil, para um universo potencial de cerca de 15 mil contemplados, contando os dependentes. Em se tratando de um custo estimado per capita de R$ 40,00, o total/mês seria de cerca de R$ 600 mil.




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