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01/07/01 00:00 -

Inverno exige adaptação

Inverno exige adaptação

Sabrina Magalhães
Cabelos e pele ressecados, crises alérgicas e resfriados mais freqüentes, uma fome que parece insaciável e aquela preguiça que praticamente nos obriga a permanecer sob os cobertores... É o frio, que chega exigindo novos hábitos e cuidados muito especiais

O brasileiro está acostumado a conviver com temperaturas, no mínimo, moderadas. O clima tropical permite alimentação leve, pouca roupa e muita agitação. Quando o inverno chega, porém, todo o organismo passa por algumas alterações que podem ser facilmente percebidas.

A primeira delas é a mudança nos hábitos alimentares: a fome aumenta consideravelmente e poucos resistem ao chocolate quente, às sopas e aos chás. É que, quando a temperatura cai, o organismo necessita de um pouco mais de energia para conseguir manter-se aquecido. Ao mesmo tempo, ele começa a acumular mais gordura que o habitual, pois a camada de gordura sob a pele funciona como um isolante térmico.

Paralelamente à fome, a maioria das pessoas fica mais preguiçosa quando faz frio. Segundo os especialistas, é pela mesma razão: a necessidade do corpo em economizar energia para manter-se aquecido. Com isso, as pessoas tendem a reduzir ou mesmo interromper suas atividades físicas. Neste período, a evasão das academias é muito grande. O resultado, evidentemente, são a perda do condicionamento físico e os indesejáveis quilos a mais quando se aproxima o verão

Então, o que fazer? O segredo, unânime entre os especialistas, está na moderação. A dieta pode e deve ser mais “quente”, mas não precisa ser gordurosa. A atividade física pode ter sua intensidade reduzida e os horários modificados, mas não deve ser interrompida.

Outro problema bastante comum no inverno é o ressecamento da pele e dos cabelos. A exposição ao vento frio e uma redução na ingestão de água já predispõem a isso e, para agravar a situação, as pessoas passam a tomar banhos muito quentes, o que também agride e danifica os tecidos (células) mais sensíveis. O uso de bons produtos e a adoção de banhos mais rápidos e não muito quentes ajuda a minimizar esses efeitos.

Infecções

Os problemas não param por aí. Este é, também, o período mais propício para o aparecimento dos resfriados e das crises alérgicas. Poucas pessoas se atrevem a abrir portas e janelas de casa e do trabalho nesta época. Ambientes fechados são os cenários preferidos de vírus e ácaros. A falta de ventilação facilita a reprodução dos germes e a aderência deles à pele e às mucosas do homem.

Resfriado ou em crise alérgica, o indivíduo tem uma produção maior de secreções (catarro), que podem servir de alimento para bactérias. Como o sistema imunológico da pessoa já está sobrecarregado, as bactérias entram mais facilmente no organismo, alojam-se em algum ponto onde haja as secreções e multiplicam-se, dando origem às infecções bacterianas (sinusites, faringites, laringites, amidalites ou até pneumonia).

Alternativas

Como não é possível hibernar durante todo o inverno, é preciso descobrir formas de amenizar estes efeitos. A primeira e mais importante orientação é manter-se muito bem agasalhado. Ao garantir a manutenção da temperatura corporal ideal, as roupas, meias, luvas e toucas dispensam o organismo de ter que “trabalhar” e armazenar energia para esta função. Assim, o sistema imunológico fica totalmente livre para cuidar exclusivamente dos vírus e bactérias.

Outra boa dica é manter uma alimentação balanceada e saudável, aliada a uma hidratação eficiente. Bem nutrido, o corpo funciona melhor e consegue ajustar-se mais facilmente à nova temperatura, sem prejuízo para suas defesas naturais. Por sua vez, a hidratação vai diminuir a viscosidade das secreções, dificultando a aderência das bactérias. Neste sentido, vale ressaltar a importância de se evitar ambientes fechados e aglomerados e, principalmente, manter os ambientes sempre limpos.

Por fim, é preciso manter um programa de exercícios físicos, que são indispensáveis para uma vida saudável. Eles garantem mais resistência ao corpo, mantêm o peso sob controle e proporcionam sensações de prazer e bem-estar, graças ao estímulo à produção hormonal.

Enfim, para enfrentar o frio sem medo, basta adotar alguns hábitos novos, manter outros que tendemos a suspender e adaptar o corpo, a vida e o trabalho às baixas temperaturas. Afinal, “Moro num País tropical...” e o calor não demorará a voltar.

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