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Para Sindicato, assembléia da oposição não teve valor

Para Sindicato, assembléia da oposição não teve valor

Paulo Toledo
A diretoria do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios de Bauru e Região disse, ontem, que a assembléia realizada domingo pelo grupo de oposição, liderado pela Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios (Fentect) não teve valor, pois foi convocada de forma irregular. José Aparecido Gimenes Gândara, vice-presidente do Sindicato, disse que, pelo estatuto, somente o presidente da entidade pode convocar a assembléia.

Além disso, segundo Gândara, somente em uma assembléia ordinária poderia ser analisado o orçamento da entidade e não numa extraordinária, como queriam os representantes da Fentect. O vice-presidente questiona, ainda, o fato de pessoas que não fazem parte da base territorial do Sindicato (os representantes da Federação) terem saído em busca das assinaturas que teriam motivado a assembléia.

No final de semana, durante a assembléia realizada, por trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), foi decidida a instauração do processo de destituição do presidente, vice-presidente e do diretor administrativo-financeiro do Sindicato.

Gândara disse que para ver as contas do Sindicato não é necessário assembléia. De acordo com ele, toda a documentação está à disposição de qualquer associado da entidade. Uma assembléia ordinária (ainda sem data marcada, mas devendo ocorrer em duas ou três semanas) será marcada para essa prestação de contas, disse o vice-presidente.

A diretoria não reconheceu os membros da oposição sequer como pessoas que tenham direito de realizar trabalho junto aos empregados da CEF da região de Bauru.

Emílio Ruiz Martins Júnior, assessor jurídico do Sindicato, disse que os representantes da Fentect realizaram uma assembléia ilegal e ilegítima. Ele lembra que o fato de terem participado pessoas de São Paulo, São José do Rio Preto, Ribeirão Preto e outras bases vai contra a conjuntura de atuação sindical, que deve respeitar as bases territoriais. “Não podemos sair daqui e fazer uma assembléia na base sindical deles, como eles não podem fazer uma assembléia em nossa base”, afirmou o advogado.

Martins Jr. disse que o Sindicato de Bauru não é filiado à Fentect em razão de divergências ideológicas. Para ele, a assembléia teve a finalidade apenas de chamar a atenção, mas não tem qualquer efeito. Porém, o Sindicato adotará uma postura de se defender de qualquer pleito judicial que a oposição possa ter. Não pretende partir para um contra-ataque, por entender que está tudo correto.

Martins Jr. disse que as assembléias do Sindicato são abertas para os associados e os trabalhadores da base sindical. Segundo o advogado, o abaixo-assinado da oposição foi obtido sem que muitos trabalhadores recebessem o devido esclarecimento sobre o fato da convocação estar partindo da oposição.

Acompanharam Gândara e Martins Júnior, o presidente Francisco Theodoro de Souza Neto, o Chico; e os membros do Conselho Fiscal Laércio Emiliano Alves e Wilson Timóteo Ferreira.

Gândara disse que, ao contrário do que foi divulgado pela oposição, o Sindicato de Bauru tem 340 associados e não apenas 140. Segundo ele, é necessário esclarecer que dos R$ 40 mil que os opositores dizem que a entidade recebe, na verdade, fica apenas com 60%. Do restante, 20% vai para o seguro-desemprego e os outros 20% para a Federação. A média mensal de arrecadação, incluindo as contribuições de associados, seria de R$ 5 mil, suficientes para as despesas do Sindicato com funcionários e outros gastos.




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