Representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários em Geral de Bauru (SindTran) e das empresas operadoras do sistema de transporte coletivo municipal reuniram-se ontem, na sede da Subdelegacia Regional do Trabalho, com o objetivo de dar seguimento às negociações de reajuste salarial pleiteado pelos trabalhadores. De acordo com o subdelegado adjunto do Trabalho, Silvio Carlos de Lima Pereira, ainda que não haja um acordo, as propostas de ambas as partes estão mais próximas, já que os funcionários querem cerca de 12% de reajuste e as empresas estão oferecendo 5%.
O subdelegado afirmou que a novidade da reunião de ontem, que marcou a sexta rodada de negociações entre o sindicato e as empresas, foi a oferta de plano de assistência médica aos funcionários. “Houve uma acomodação; as propostas estão mais próximas. No entanto, continuam muito distantes”, observou.
A proposta do plano de assistência médica oferecido aos empregados seria protocolada ontem e deverá ser discutida em detalhes em uma nova reunião, agendada para hoje.
De acordo com Elias Pinheiro da Silva, presidente do SindTran, a proposta das empresas ainda está bastante distante das reivindicações dos trabalhadores. “Nós não vamos desistir do mínimo possível considerado digno de ser levado à votação em assembléia. Queremos o piso dos motoristas de R$ 729,30 e o dos cobradores de R$ 510,51. O reajuste deve ser aplicado também a todos os funcionários da empresa”, reforçou.
Silva enfatiza que, no início das negociações, os trabalhadores do sistema de transporte coletivo pleiteavam cerca de 20% de reajuste. “Estamos mais flexíveis também quanto à Participação nos Lucros e Resultados (PLR). No início, pedimos 30% sobre o salário do mês de outubro e 30% sobre o salário de março de 2002. Agora, estamos aceitando metade dos valores reivindicados. As negociações estão muito lentas. Sabemos o que o trabalhador anseia, precisa e merece. Vamos buscar a todo custo o mínimo razoável”, salientou o presidente do sindicato.
Ainda que trabalhadores e empresas não tenham chegado a um acordo, o subdelegado adjunto do Trabalho vê as negociações como um avanço. “As negociações são muito importantes para que as relações tornem-se maduras. Tanto o sindicato como as empresas têm mostrado essa maturidade, visto que não houve paralisações”, enfatizou Lima.
Paralisação
No início da noite de ontem, circulou a informação de que funcionários da Transportes Urbanos de Araçatuba (TUA) realizariam uma paralisação relâmpago na madrugada de hoje, atrasando as saídas dos coletivos da garagem.
Apesar de a Polícia Militar ter sido acionada para disponibilizar viatura na garagem da empresa, a paralisação não foi confirmada pelo sindicato da categoria.
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