Bauru e grande região - Sexta-feira, 04 de outubro de 2024
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23/06/01 00:00 -

Quem foram eles...?

Quem foram eles...?

N. Serra
Já porque Bauru se desenvolveu muito, demograficamente, nos últimos 50 anos, e, nesse crescimento, incluem-se milhares de ádvenas que, não tendo nascido e crescido aqui, nos antigos areais das nossas artérias, obviamente desconhecem a história de seus pró-homens, já também porque nas nossas escolas não se despertam devidamente as crianças de hoje para estas coisas, o fato é que bem pouca gente que se cruza por aí nas vias urbanas sabe quem foram, na ordem das coisas do lugar em que vivem e trabalham, alguns nomes como Antônio Teixeira do Espírito Santo, Felicíssimo Antônio Pereira, Azarias Leite, Batista de Carvalho, Araújo Leite, Antônio Alves, Virgílio Malta, Gustavo Maciel, Gérson França, Saint Martin, Machado de Mello, Carlos Fernandes de Paiva, Cussi Júnior e outros que vieram chegando à urbe, mas não estão aí lembrados na nomenclatura das nossas ruas, avenidas e praças. E esse desconhecimento acontece porque as administrações municipais que Bauru já teve não se preocuparam em fazer constar nas placas denominadoras dos logradouros a qualificação pessoal ou profissional dos vultos que lhes dão os respectivos nomes. Uma ou outra mostra esse detalhe, importante porque, além de seu sentido altamente pedagógico, realça a memória dos homenageados. Para se ter uma idéia melhor do mal produzido por essa omissão, basta atentar-se para o desprimoroso fato de que nem mesmo bem poucos moradores conhecem a procedência e a razão dos nomes de suas próprias ruas. Sabem, por exemplo, que residem na rua José Bastos, mas não sabem, ignoram completamente, quem foi o tal. Sabem que moram na rua Horácio Alves Cunha, mas não sabem, nem remotamente, quem foi esse homem que exerceu muitas funções importantes no município. Passam várias vezes por dia sobre o Viaduto João Simonetti e pela rua Afonso Simonetti, mas não têm a menor idéia de quem foram esses personagens na vida bauruense.

Despertou-nos tudo isso o falecimento, de tempos a esta parte, de muitas figuras que tiveram projeção em seus campos de atividade entre nós e correm o risco que terem suas obras e sua participação na vida da “Sem Limites” sepultadas com elas se, como acontece com muitos de seus antecessores, o poder público municipal não cuidar de identificá-las, para a memória local, na placa de rua que certamente não lhes será negada. Que o indicador seja emitido contendo, logo a seguir aos nomes dos homenageados, ao menos uma pequena identificação do personagem, e que aquelas referentes aos demais homens da nossa história, há tempos instaladas, sejam refeitas para que venham a conter também as respectivas qualificações pessoais e profissionais. É o que advogamos em memória dos esquecidos... E é a nossa opinião.

(O autor, N. Serra, é o jornalista responsável do JC e delegado regional da Associação Paulista de Imprensa e da Ordem dos Velhos Jornalistas do Estado)




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