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20/06/01 00:00 -

Abrigo para meninas está quase pronto

Abrigo para meninas está quase pronto

Ieda Rodrigues
O prédio está sendo erguido ao lado do Cevac e receberá adolescentes entre 12 e 17 anos que moram nas ruas

O prédio para abrigo provisório de adolescentes do sexo feminino que moram nas ruas ou estejam envolvidas com prostituição ou drogas, que está sendo construído em anexo ao Centro de Valorização da Criança (Cevac), no Núcleo Geisel, deve ser entregue no final deste mês. O prédio terá capacidade para 24 meninas e poderá começar a receber as adolescentes assim que o Cevac firmar convênios para custear a estada das internas.

A obra está orçada em R$ 60 mil e foi custeada pelo Lions Estoril, pela comunidade que fez doações e pelo próprio Cevac, que realizou várias promoções e festas para arrecadar fundos. A presidente do Cevac, Élida Maria Farias, contou que faltam apenas a conclusão do muro que cerca o prédio e mais alguns detalhes para a entrega do abrigo.

Mas Élida ressaltou que para pôr o abrigo em funcionamento é preciso contratar funcionários e firmar convênios para custear a estada das adolescentes. Ela estima que o abrigo precisará de, no mínimo, quatro funcionários que se revezarão em plantões, de forma a garantir atendimento 24 horas, além de psicólogo e assistente social para atendimento das internas.

Maria Perroni, presidente do Conselho da Criança e Adolescente de Bauru, espera que o abrigo entre em funcionamento assim que for entregue. Ela afirmou que os convênios serão firmados logo que o abrigo estiver pronto porque já está aprovado um programa para atendimento a adolescentes.

O objetivo é que as meninas em situação de risco sejam internadas para recuperação e reintegração à sociedade, como já ocorre com os meninos dependentes químicos, que são encaminhados para a Gilgal - Centro de Recuperação e Reintegração de Menores. Devem ser internadas provisoriamente no abrigo meninas entre 12 anos e 17 anos e 11 meses.

A proposta do Conselho da Criança e Adolescente é que a internação seja de três meses a um ano, dependendo do caso de cada uma das adolescentes atendidas. Nesse período, as internas devem ser atendidas por psicólogo e assistente social e participar de cursos profissionalizantes e outras atividades visando a recuperação e a reintegração à sociedade. A coordenação do abrigo deve contatar as famílias das adolescentes para que ao fim da internação elas voltem para suas casas. Na falta da família, por ordem judicial, a adolescente pode ser encaminhada para uma família substituta ao final da internação.

O abrigo para meninas constitui-se de quartos coletivos com banheiros, refeitório, sala de TV, sala para atividades e estudos, cozinha, sala para assistência social, escritório e sala de visitas. Há anos o Conselho da Criança e Adolescente reivindica a construção de um abrigo provisório para meninas em Bauru.

Atualmente, a única entidade que recebe meninas em situação de risco é a Casa de Nazaré, que tem 20 vagas, mas está sempre lotada. O último levantamento feito pelo Conselho da Criança e Adolescente revelou que existiam 14 meninas morando nas ruas ou envolvidas com drogas e prostituição, em Bauru, que preenchem os requisitos para serem atendidas no abrigo.




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