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17/06/01 00:00 -

A QUE PONTO CHEGAMOS

A QUE PONTO CHEGAMOS

João Álvares
Quando analisamos as muitas formas de imoralidades no Brasil, nos chamam a atenção algumas particularidades. Em primeiro lugar, é a desfaçatez com que se desrespeitam os mais elementares princípios da decência no trato da coisa pública. Longe do público, os autores dessas imoralidades se gabam de suas espertezas e de seus golpes, dos quais procuram não deixar rastros. No meio disso tudo, os funcionários honestos que não se deixam corromper, são taxados de otários, quadrados, bobos. Segundo, constatamos através dos noticiários as TVs e jornais, existe uma extrema trama de silêncio e acobertamento dos escândalos freqüentes denunciados, dificilmente apurados, e quase nunca punidos. É um imenso corporativismo, um conluio entre corruptos e corruptores (“não me entrega senão eu te entrego”) e o que é pior, a capa de legalidade com que se pretende encobrir e justificar verdadeiros assaltos ao dinheiro público. Estão aí os “trens da alegria”, as leis votadas por deputados senadores, magistrados, aumentando os próprios salários de forma escandalosa, acrescidos de polpudas vantagens e benefícios, como é o caso presente; os deputados e senadores não votaram, em tempo hábil, os projetos de suma importância para o país. Agora foram convocados em regime extraordinário para votarem, a “toque de caixa” tudo o que nosso presidente quer. Mas quem vai pagar a conta somos nós. O povo! Toda essa corrupção e indecência no trato da coisa pública é mantida e realimentada pela perspectiva da impunidade. Em que deram as inúmeras Comissões Parlamentares de Inquérito administrativos? Quanto foi recuperado dos bilhões de reais desviados do INSS, da ex-LBA, e em tantos outros escândalos? Quem vai recuperar todo o dinheiro desperdiçado em obras públicas suntuosas, (em tempo de eleições) inacabadas, ou abandonadas? Por último, o aspecto mais perverso do mar de lama que inunda esse Brasil: os maiores prejudicados por toda essa desonestidade e malversação são os mais humildes, os pobres do Brasil, as crianças, os aposentados e os idosos (João Álvares - Da Ordem dos Velhos Jornalistas do E. S. Paulo)




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