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15/06/01 00:00 -

CONSIDERAÇÕES SOBRE A CRISE ENERGÉTICA

CONSIDERAÇÕES SOBRE A CRISE ENERGÉTICA

Elza Telles Nunes Magalhães
Gostaria de tecer aqui alguns comentários sobre um fato que, recentemente, tirou-nos da relativa e enganosa tranquilidade que gozávamos, para repentina e inesperadamente explodir qual uma bomba, através do noticiário de jornais e televisões.

Criou-se entre nós uma espécie de neurose coletiva, por ser difícil avaliar quanto esta situação durará e o número de complicações e prejuízos que pode causar para os que se acham estabelecidos em determinados ramos de negócios. Cito com especialidade os fabricantes de chuveiros elétricos, e, para não me estender mais, outros, dos mais variados eletrodomésticos, que tanto têm acrescentado facilidades ao nosso dia a dia.

Se fizermos como nos aconselham, só ligando a máquina de lavar uma vez por semana, arriscamo-nos a quebrá-la por excesso de peso. Quem vai pagar o prejuízo caso esse estado de coisas se normalize?

Será que teremos que voltar ao ferro de passar provido a carvão? À lavagem de roupa manual?

A procura por lanternas de pilha, lâmpadas de menor consumo (caríssimas), velas, lampiões de querosene e outros substitutos da luz elétrica, aliados ao temor de assaltos na escuridão, se todo esse sacrifício não for suficiente e o apagão se impuser? De que terá adiantado isso tudo? Difícil é acreditar em tal retrocesso, mesmo tratando-se de um país do terceiro mundo.

Se o governo exercesse uma fiscalização mais efetiva, impedindo que corruptos ocupassem cargos que lhes permitissem o manejo dos dinheiros públicos, para que não pudessem transferi-lo em grande parte e em seu nome para paraísos fiscais, bancos suíços, etc., não faltariam recursos para a construção de novas hidroelétricas com linhas de transmissão que carreassem a energia para os que dela necessitam.

Processos alternativos poderiam ser utilizados como a energia eólica em lugares desprovidos de rios e ricos em correntes aéreas.

Pesquisaríamos outros meios que muito provavelmente deverão existir, como o exemplo português que utiliza as ondas marítimas para gerar energia, abastecendo as cidades litorâneas.

Para corrigir tal situação bastaria que o dinheiro arrecadado com impostos fosse mais bem empregado, não sendo gasto com coisas supérfluas, como viagens intermináveis e construção de riquíssimos prédios de embaixadas em países estrangeiros.

Acredito que assim não ficaríamos na dependência do benevolente São Pedro. (Dra. Elza Telles Nunes Magalhães - RG. 78.333 AL)




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