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Empresário compra dívidas da ECCB

Empresário compra dívidas da ECCB

Nélson Gonçalves
Baltazar José de Souza é dono de créditos da ECCB que faziam parte da concordata na Justiça, confirmando atuação na empresa

A Empresa Circular Cidade de Bauru (ECCB) deve créditos à Viação Barão de Mauá, de propriedade de Baltazar José de Souza. A Viação Mauá adquiriu os créditos que faziam parte da concordata preventiva solicitada pela ECCB. O empresário comprou créditos de diversos fornecedores, que não receberam por serviços prestados à Empresa Circular. A atuação financeira confirma o vínculo do empresário com a empresa, apesar da família Quaggio continuar afirmando que é dona majoritária. A transação entre as partes incluiu a previsão de demissão de funcionários através de termo aditivo.

A transação entre as partes teve a primeira efetivação no final de 1998, quando as sócias-proprietárias da ECCB assinaram um termo de cessão de direitos de permissão com os sócios de Baltazar José de Souza. Renê Gomes de Souza e Ronald Marques assinaram o documento junto com Nerle e Carmem Quaggio. A ECCB recebeu, conforme o documento, R$ 2,35 milhões na época. O valor, segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Rodoviárias (Sindtran), Elias Pinheiro da Silva, foi utilizado para o pagamento de décimo terceiro salário e folha de pagamento, que estavam atrasados naquela oportunidade.

O termo aditivo informava consequências mais sérias. A ECCB se comprometeria a efetuar a demissão de 400 funcionários que imediatamente seriam contratados pelos cessionários, com as rescisões contratuais. Elias Pinheiro lembra que, na época, a ECCB contava com mais de 1.100 trabalhadores e hoje está com pouco mais de 800. O aditivo foi feito em fevereiro de 1999. Entretanto, os contratos podem não ter sido informados oficialmente até hoje.

As relações oficiais entre Baltazar José de Souza e a ECCB apareceram na concordata preventiva que tramitou no Fórum de Bauru. A empresa Viação Barão de Mauá, com sede na cidade do mesmo nome, comprou créditos de fornecedores da ECCB. Com isso, quem passou a ter dívidas com Baltazar foi a empresa. Vários créditos foram adquiridos, todos constantes em processos no Fórum local. Os documentos, inclusive o termo de concessão de direitos com o aditivo, chegaram às mãos do vereador João Parreira (PSDB) na semana passada. Diante disso, Parreira estranhou as informações dadas pelo advogado da ECCB, Fábio José de Souza, em que este insiste que a empresa é da família Quaggio.




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