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31/05/01 00:00 -

LAMPARINAS E INCOMPETÊNCIA

LAMPARINAS E INCOMPETÊNCIA

Nildo Matos de Araújo
Em 1900, quando o Brasil possuía 10.000kW de potência instalada, a Light (companhia de energia elétrica) já punha em polvorosa a cidade de São Paulo com a contratação de 4 mil operários e investimentos na ordem de US$ 6 milhões, para a construção de um serviço de energia elétrica e transporte por bondes. Já fazia o seu marketing, oferecendo trocar as lâmpadas que se queimassem, gratuitamente, isto porque a população relutava em trocar suas lamparinas por luz elétrica.

Hoje, 101 anos depois, estamos fazendo o inverso, trocando as lâmpadas por lamparinas, graças à falta de planejamento dos nossos governantes.

Se o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Minas e Energia, Integração Nacional, não fossem desorganizados e preocupados somente com interesses políticos, teriam criado um plano diretor (há 15 anos) para evitar a falta de energia elétrica.

Nós, cidadãos, estamos assistindo, estarrecidos, a essa bagunça nacional que terá reflexos gravíssimos. As regras não são claras. A única certeza: “Vamos pagar mais, pela incompetência do Estado”.

O Estado, que não garante os direitos elementares de seus cidadãos, como o direito a emprego, (pior agora), moradia, educação e saúde; que não ajusta o Imposto de Renda, como manda a lei; que acoberta dentro dos seus quadros pessoas que não têm autoridade nem legitimidade para falar em moralização, agora deseja que paguemos ainda mais pela energia elétrica.Só a contribuição da população brasileira em diminuir o consumo não serve. Afinal, diminuindo o consumo, diminuem os grandes lucros dos nossos “colonizadores” (concessionárias). Portanto, esse prejuízo será da população.

É o vale-tudo na sanha de sangrar os cidadãos, poupando aqueles “tubarões”, muitos dos quais aprovaram a medida, tendo a certeza de que vão ficar livres da conta.

A sociedade unida precisa refletir e apelar à justiça para diminuir (impossível acabar) estes abusos. Até quando será mantida a sempre apetitosa e inesgotável política de pôr a mão no bolso do cidadão toda vez que se necessitar dar uma arrumadinha no caixa furado? (Nildo Matos de Araújo - RG 11.963.052)




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