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CPFL distribuiu 10% menos energia

CPFL distribuiu 10% menos energia

Patrícia Zamboni
De 21 a 27 de maio, a empresa registrou uma redução de consumo de cerca de 10%, em relação ao mesmo período de 2000

Na semana passada, a Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL) distribuiu aproximadamente 10% menos energia elétrica para os cerca de 2,7 milhões de clientes que abrange em 234 cidades do Interior Paulista, em relação ao mesmo período do ano passado. A informação é da assessoria de imprensa da companhia (ver gráfico nesta página).

Para a empresa, a redução reflete as orientações do Plano Emergencial de Redução do Consumo de Energia Elétrica, lançado pelo Governo Federal. “A cada dia estamos fornecendo de 5 mil a 6 mil MWh a menos de eletricidade para a área que a CPFL abrange”, informa o presidente da companhia, Wilson Pinto Ferreira Júnior.

Para a diretoria da empresa, além da economia em residências o resultado deve-se também à atitude de donos de estabelecimentos comerciais e industriais, que estão desligando os luminosos. Atendendo à determinação da Câmara de Gestão da Crise de Energia, a CPFL não está promovendo novas ligações industriais ou comerciais que ultrapassem 500 KVA de potência.

Outra causa da redução do consumo seria referente à diminuição da quantidade de lâmpadas acesas nas cidades. Segundo a assessoria de imprensa, a CPFL está desligando uma a cada três lâmpadas, em média, em avenidas, grandes ruas e praças públicas, com o objetivo de atender a meta governamental de 35% de redução somente com o consumo de energia da iluminação pública.

Além dessa ação, a companhia também estaria negociando com prefeituras a substituição de lâmpadas a vapor de mercúrio por lâmpadas a vapor de sódio, que seriam mais eficientes. Ao todo, a CPFL pretende trocar 90 mil lâmpadas, cerca de 10% das luminárias instaladas nas 234 cidades de sua área de atendimento.

Internamente, segundo a assessoria de imprensa, a empresa vem desligando a iluminação de seus prédios às 18 horas, exceto nos locais onde haja serviço ininterrupto. Na sede da empresa, em Campinas, metade dos elevadores permanecem desligados como forma de economia, segundo informações da companhia. A iluminação e os microcomputadores estariam sendo desligados durante uma hora por dia, no intervalo para refeição e repouso dos funcionários.

‘Chuvas não ajudaram’

De acordo com o gerente do Departamento de Comunicação do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Tristão Araripe, as chuvas que caíram durante o último final de semana não contribuíram para recuperar os níveis dos principais reservatórios do País. O motivo é que, além da quantidade de chuva (em milímetros/mm) ter sido pouca para o que se necessita, os pontos alvos não teriam sido atingidos pelas águas.

De acordo com Araripe, para recuperar esses níveis é necessário que chova na cabeceira dos rios onde estão localizados os maiores reservatórios do Brasil. Na região Sudeste, que tem sido a mais afetada pela falta de chuvas, precisa chover na cabeceira dos rios Paranaíba e Grande, para um resultado eficaz.

“Esses são os pontos chaves que devem ser atingidos pelas chuvas para que se consiga uma recuperação do nível de água desses que são os principais reservatórios do País. Nesse final de semana, no rio Paranaíba a chuva atingiu pontos situados abaixo da Usina de Itumbiara. No rio Grande, os pontos atingidos estavam abaixo da Usina de Marimbondo. Ou seja, os alvos cruciais não foram atingidos. As chuvas são sempre bem vindas, porque quanto mais água houver, aumenta a capacidade de produção de energia. Mas, os grandes reservatórios que representam cerca de 20% da capacidade total de armazenamento do sistema, como é o caso de Furnas, ficam na cabeceira desses rios”, explica.

De acordo com o gerente de comunicação do ONS, no rio Paranaíba choveu 20 mm, e no rio Grande, 15 mm, no último final de semana. Mesmo assim, em função dos locais atingidos pelas chuvas, o nível de armazenamento dos reservatórios não foi afetado. “Para um resultado eficaz, é preciso chover no lugar certo”, observa Araripe.




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