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A LUZ NO FIM DO TÚNEL APAGOU!

A LUZ NO FIM DO TÚNEL APAGOU!

Rafael Moia Filho
Quando da eleição para Presidência da República, em 1994, era barbada a eleição de FHC, o País ainda comemorava o Tetra no futebol, e a queda da inflação com a implantação do real. Itamar Franco faria o sucessor mesmo que indicasse um poste ou uma biruta de posto de gasolina. Os ventos eram favoráveis e os astros estavam alinhados com a Lua e o Sol. O apoio da mídia, dos empresários paulistas, dos usineiros nordestinos, dos banqueiros, dos investidores estrangeiros, do FMI, enfim era quase uma unanimidade nacional. Vale lembrar o saudoso Nelson Rodrigues: “ Toda unanimidade é burra”. O primeiro mandato terminou como começou, sem nenhuma grande obra social, sem nenhuma formulação de política para a saúde, educação, segurança, habitação ou para geração de empregos com o conseqüente desenvolvimento do País. A Sudam, Sudene e os outros órgãos de fomento dos corruptos foram mantidos por FHC e Pedro Malan.

Apesar de ter sido uma gestão pífia, a iminência de uma crise financeira mundial em 1998, às vésperas da eleição e a compra de votos que possibilitara a inédita reeleição, reconduziram FHC ao cargo. Aqui vale o ditado popular “ Errar é humano, persistir é burrice. Os planos mirabolantes de marketing foram se acumulando e com eles a incompetência de um governo austero com os assalariados e os aposentados, mas totalmente omisso e fraco no combate a corrupção e aos desmandos que se multiplicaram no decorrer da sua gestão. A privatização das empresas dos setores essenciais a preço de banana, com financiamento do BNDES e diversas suspeitas de vícios no processo, possibilitaram desnudar as verdadeiras intenções de FHC quanto ao patrimônio nacional, e fizeram ver a quem realmente interessava a gestão FHC.

O péssimo atendimento aos usuários e o aumento abusivo das tarifas de energia e telefonia vieram acompanhados do fantasma do desemprego. Nunca se demitiu tanto em toda história. Em nome de uma modernidade barroca e de uma falsa perspectiva de desenvolvimento, o povo brasileiro assistiu à queda da qualidade dos serviços que antes eram prestados por funcionários treinados durante anos e que passaram a ser substituídos pelo sistema 0800.

Hoje, o governo perdido clama pelo fim de uma possível investigação de suas mazelas no Congresso Nacional, de seus acordos espúrios, de sua arrogância insuportável e de sua falta de competência para gerenciar uma nação com inteligência, honestidade e planejamento estratégico. Hoje todos aqueles que ajudaram FHC a realizar o sonho de comandar o Brasil estão criticando sua omissão frente aos graves problemas que afetam a população brasileira. Tarde demais, agora já perdemos uma década e não podemos sequer enxergar uma luz no fim do túnel, quer seja pela falta de energia elétrica ou porque não existe túnel à nossa frente. Estamos dentro de um imenso poço sem fundo, sem volta e sem saída.

A criação de uma Câmara de Gestão da Crise de Energia é o retrato patético do que restou do governo FHC. Que São Pedro tenha misericórdia do Governo do Apagão, e que o nosso povo aprenda definitivamente a lição e vote com consciência nas próximas vezes. (Rafael Moia Filho - RG: 6.711.407)




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