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Empresas têm acordo para manutenção dos empregos

Empresas têm acordo para manutenção dos empregos

Nélson Gonçalves
O lobby pela aprovação do projeto de iniciativa popular da ECCB na Câmara Municipal tem como um dos protagonistas o presidente do Sindicato dos Rodoviários (Sindtran), Elias Pinheiro da Silva. Ele tem se empenhado pessoalmente na tentativa de convencimento dos vereadores, um a um. O sindicalista apela para a manutenção dos empregos com a aprovação do projeto. Por outro lado, as outras duas empresas que atuam no sistema - TUA e Kuba - mantêm um acordo assinado no Ministério do Trabalho (MT) que assegura a absorção de mão-de-obra da ECCB, caso a empresa passe a não operar na cidade.

Um representante do setor fez chegar até a Câmara Municipal o documento. Nos bastidores, muitos criticam a posição de Elias Pinheiro em função do discurso de manutenção dos empregos sem que tenha sido mencionado o acordo no MT. O termo foi estabelecido desde fevereiro do ano passado, sem data para sua finalização. Um empresário comentou, nos bastidores, que “qualquer pessoa de bom senso sabe que o acordo será honrado, até porque está assinado, o que nos leva a ficar reticentes em relação à posição do sindicalista Elias”. A fonte vai mais longe e faz um alerta. “Em um setor com tantos interesses em jogo, tem gente que está pedindo para que todas as cartas sejam colocadas na mesa”.

Pelo acordo e na visão das empresas que atuam no setor, a manutenção dos empregos não estaria vinculada à aprovação do projeto de iniciativa popular. Mas, na Câmara Municipal, os vereadores estão sendo procurados por Elias Pinheiro, que pede a aprovação do projeto. O apelo do sindicalista está mais explícito no relatório entregue aos vereadores na semana passada. Em um dos trechos, no final, o relatório escreve: “qual dos vereadores não obteve um voto desse trabalhador ou de um de seus familiares? Acreditamos que todos. A vida desses trabalhadores, a sobrevivência da sociedade bauruense está nas mãos dos vereadores”.

A votação do projeto de lei, hoje, portanto, envolve pressões e jogo de versões em relação ao sistema de transporte coletivo. O projeto deve ser votado por volta das 20h15, para quando está previsto o término do rol de oradores na tribuna livre da Câmara Municipal. O acesso à galeria da Câmara será limitado nesta sessão. A presidência do Legislativo determinou que haverá credenciamento na porta de entrada e senhas para o preenchimento da capacidade da galeria, limitado a 60 pessoas. Os demais cidadãos serão convidados a assistir à votação pela televisão, com transmissão ao vivo.




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