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Pequenos gestos que fortalecem a auto-estima

Pequenos gestos que fortalecem a auto-estima

(*) SM / FT
As endorfinas ficaram popularmente conhecidas, nos últimos anos, como o “hormônio do prazer”. São substâncias que têm uma composição química similar à da morfina e provocam uma sensação de euforia, bem-estar e alívio da dor. Especialistas afirmam que a ação analgésica das endorfinas é, aproximadamente, 200 vezes mais potente que a morfina.

Estas substâncias são liberadas, principalmente, durante a prática de esportes ou outros exercícios físicos. Mas pequenos gestos também resultam na produção delas. São momentos de prazer que raramente recebem o valor que merecem e que podem ser acionados no dia-a-dia até como forma de renovação pessoal.

Os aplausos, por exemplo, são capazes de traduzir o que uma pessoa leva dentro de si e dão prazer tanto para quem aplaude, como para quem é aplaudido. Para alguns estudiosos, as palmas têm um efeito muito parecido com o da risada. É um agente altamente endorfinante, capaz de reportar qualquer pessoa para situações de excelência.

Mestres orientais acreditam que os aplausos têm o poder de revigorar as energias e de atrair o positivismo. Quem é aplaudido tem a sensação de ser aceito; quem aplaude transmite as energias positivas de alegria e de entusiasmo. Ser aplaudido e aplaudir alguém são sensações maravilhosas.

Como código universal, os aplausos traduzem a aceitação, a aprovação e o aconchego. O ato de bater palmas, muitas vezes, exprime mais emoção, mais alegria, mais entusiasmo que inúmeras palavras.

A mesma universalidade é encontrada no aperto de mão, no abraço, no sorriso. Essa pequenas atitudes do ser humano foram estudadas e experimentadas cientificamente na Universidade de Havard, nos Estados Unidos. O resultado da pesquisa constatou que elas produzem, naturalmente, altas doses de endorfina no organismo.

Melhor ainda, esses recursos não precisam ser comprados, não existe preço, não é necessário pedir emprestado, basta que cada pessoa os busque dentro de si e desfrute do prazer de realizá-los e manifestá-los.

Praticar

Você tem recebido elogios? Você tem recebido sorrisos? Você tem aplaudido ações de outras pessoas? Se respondeu não, a sua produção de endorfinas está muito baixa ou zerada. Algo precisa ser mudado.

Uma dica é começar fazendo elogios aos outros. Elogie as roupas de alguém, a comida que o outro preparou, o trabalho do colega, o comportamento do amigo, a boa ação de um estranho, a cortesia de um atendente. Elogie todas as pessoas, atribuindo a cada uma delas o valor do lugar que ocupam.

Sorria. Deseje bom dia, boa tarde, boa noite a todos que passarem por perto, distribua abraços, manifeste seu carinho, agradeça com um sorriso o documento que lhe foi entregue, admire a paisagem ou mesmo o trânsito e sorria.

Uma autora desconhecida descreveu, certa vez, algo que ela chamou “Terapia do Aplauso”. Ela gravou uma fita cassete somente com aplausos. “Antes de dormir, a última coisa que faço é colocar os aplausos para eu mesma escutar. Fecho os olhos e imagino uma grande platéia me aplaudindo. Agradeço entusiasticamente a oportunidade de ter realizado mais uma estréia. Agradeço, antecipadamente, a estréia do dia seguinte, com a certeza de que as minhas atitudes e as minhas realizações serão ainda melhores.”

Ela continua: “Tudo o que não deu certo hoje, tudo o que eu não sabia, vou procurar realizar e conhecer melhor amanhã. Com a alegria de ter sido aplaudida e a certeza de que tudo será melhor, durmo endorfinada e muito feliz . Ao despertar, constato que o poder supremo está gostando da minha atuação. Ao acordarmos, somos convidados a continuar no palco da vida, a buscar novas realizações, a descobrir novas fórmulas para a felicidade. Então, inicio o dia sentindo-me vencedora. Por quê? Eu me deixo contagiar pela energia do aplauso, do sorriso, do abraço, da vida”.

Reação

Assim como a ação da gravidade, a vida tem uma regra irrefutável: você recebe o que dá. Como sugere a lei da Física, “a toda ação corresponde uma reação, que é igual ou contrária”. Quanto mais alta for a auto-estima, mais abertas, honestas e adequadas serão nossas comunicações, porque acreditamos que o que pensamos tem valor e portanto apreciamos (muito mais do tememos) a clareza.

Quanto mais baixa for a auto-estima, mais nebulosas, evasivas e impróprias, provavelmente, serão nossas comunicações, devido à incerteza quanto a nossos próprios pensamentos e sentimentos e/ou devido à ansiedade diante da reação do outro. Quanto mais elevada for a nossa auto-estima, mais estaremos dispostos a criar relacionamentos que nos alimentem e não nos intoxiquem.

O fato é que o semelhante atrai o semelhante e o saudável é atraído pelo saudável. A vitalidade e a expansividade nos outros naturalmente atrairão mais as pessoas com boa auto-estima do que o vazio e a dependência. Indivíduos com elevada auto-estima tendem a ser atraídos por indivíduos com elevada auto-estima. A baixa auto-estima busca a baixa auto-estima nos outros - não de maneira consciente, mas de uma forma involuntária.

Quanto mais saudável for a nossa auto-estima, mais propensos seremos a tratar os outros com respeito, benevolência, boa vontade e igualdade - uma vez que não tendemos a percebê-los como ameaça e que o auto-respeito é a base do respeito pelo outro. Enfim, a auto-estima elevada é a base para a felicidade pessoal.

(*) Sabrina Magalhães e Fabiana Teófilo




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