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16/05/01 00:00 -

Furto a carro e casa alertam a polícia

Furto a carro e casa alertam a polícia

Rita de C. Cornélio
As polícias Civil e Militar analisaram, ontem, a trajetória da criminalidade em Bauru. Meta é reduzir furto a carro e casa

As polícias Civil e Militar se reuniram, ontem, para avaliar a trajetória da criminalidade em Bauru. Dois pontos foram os mais discutidos entre o delegado Seccional, Antônio Angelo Ciocca, e o comandante do 4.º Batalhão da Polícia Militar do Interior, Eliseu Eclair Teixeira Borges: o furto de veículos e o furto em residências. Para minimizar a situação dos furtos de veículos, que no último bimestre apresentou queda, a área de maior incidência já recebeu reforço policial. Para diminuir o furto em residências, a polícia pede a colaboração dos moradores.

Também participaram da reunião o major Carlos alberto Fantini, o capitão Manoel Messias Mello e o delegado Luís Henrique Casarini.

Para Ciocca, a reunião bimestral entre as duas polícias é uma obrigatoriedade para análise da evolução do crime. “Nós avaliamos se houve aumento ou diminuição de algum tipo de crime; em que área eles estão ocorrendo e traçamos as estratégias; direcionamos o trabalho no combate àquele crime que está incomodando a comunidade bauruense”, disse.

O delegado seccional explicou que a preocupação atual é com o furto, tanto de veículos quanto em residências. “A Polícia Civil vai intensificar, através da DIG/Garra, a fiscalização aos desmanches e as investigações na área central da cidade, onde este tipo de crime tem ocorrido mais”, afirmou.

Apesar da queda no número de furtos de veículos, a meta é baixar mais os índices. “Recentemente, desbaratamos uma quadrilha que tinha um advogado envolvido. Daquele período em diante, a incidência de furto de veículos baixou. Pretendemos baixar ainda mais”.

O comandante do 4.º Batalhão da Polícia Militar, coronel Eliseu Eclair Teixeira Borges, fez questão de frisar que os números que aparecem na estatística bimestral correspondem a 19 municípios, área que envolve 550 mil habitantes. Ou seja, toda a área de atuação da Delegacia Seccional de Bauru e do 4º BPMI.

Os comandantes das polícias Civil e Militar analisam cinco tipos de crimes para traçar as estratégias: homicídio, furtos e roubos diversos e furtos e roubos de veículos. Cada um dos homicídios é analisado separadamente, segundo o coronel Ecalir. “Fazemos uma análise individual dos casos. O que mais nos preocupa são aqueles que são oriundos de um ato criminal”, disse.

Dos seis homicídios registrados no bimestre, 50% foram crimes passionais. “Ocorreram dentro de uma residência, onde a polícia não está presente. Este crime é de difícil prevenção”, ressalta o comandante do 4.º BPMI. Mais de 50% dos furtos em residências, de acordo com o coronel, são provocados por algum descuido do morador. “Cerca de 60% dos furtos em residências ocorreram em imóveis térreos, que não possuíam muros ou que os moradores se descuidaram, deixando uma porta aberta ou uma janela sem fechar”, explicou.

O furto de veículos, na opinião dele, no ano passado, estava em uma curva ascendente. No entanto, no último bimestre, começou a cair. “Estamos conseguindo estabilizar a situação. Um menor que foi preso na área central da cidade havia cometido cerca de 25 furtos de veículos”, lembrou Eclair.

No combate ao furto de veículos, a PM decidiu pela saturação da área central. “Saturamos a área central de policiais. Dobramos o número de homens e de viaturas na área de maior incidência, a central”, contou Eclair. Segundo ele, 80% dos carros furtados vão para os desmanches e as peças são vendidas separadamente. “Tivemos a fase de furtos de Opala, Chevette e atualmente, Voyage. Isso quer dizer que quando faltam peças no mercado, os ladrões atacam aquele tipo de veículo. Estamos atacando o atravessador e a ponta da linha. Em Bauru, a maioria dos desmanches é legal e controlada pela Polícia Civil”, disse.

A operação desmanche, segundo o comandante do 4.º BPMI, tem sido desenvolvida sistematicamente. “É permanente. Vistoriamos os desmanches e, se encontrarmos algo que mereça investigação, comunicamos a Polícia Civil.”

Números

O roubo (subtração de coisa alheia mediante ameaça de violência) de veículos diminuiu 46% em março e abril, comparando-se com os dois primeiros meses do ano - de 13, passou para sete. O furto (subtração de coisa alheia) de veículos diminuiu em 2,84%, passando de 141 veículos furtados nos dois primeiros meses do ano para 137 em março e abril.

O furto de maneira geral aumentou em 0,59%, percentual considerado normal - passou de 2030 para 2042. Os roubos tiveram um aumento de 0,77. Dos 423 furtos ocorridos em residências, 60% deles foram em imóveis térreos.

Os homicídios passaram de quatro para seis, sendo que a metade ocorreu no interior de residências, por motivos passionais. A área da cidade onde mais ocorrem furtos de veículos, cerca de 80%, é a central, da rua Presidente Kennedy até a avenida Duque de Caxias, e da avenida Nações Unidas até o rio Bauru.

As ruas Virgílio Malta, Araújo Leite, 13 de Maio, Gustavo Maciel, Agenor Meira, Getúlio Vartgas, presidente Kennedy e Bandeirantes são apontadas, desde o ano passado, como as preferidas pelos ladrões de veículos. O horário de maior incidência deste tipo de crime não é específico.




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