Seplan desapropria área na Zona Sul

O terreno entre o Posto Himalaia e o Comprando, onde motoristas cometem abusos, será transformado em via pública

Uma área entre o Posto Himalaia e o Comprando, na altura da quadra 9 da avenida Getúlio Vargas, na Zona Sul, vai se tornar via pública, como há tempos vinha reivindicando o Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) da circunscrição das Bases Sul e Centro da Polícia Militar e 3.º Distrito Policial. A área está sendo desapropriada e deverá receber guias e sarjetas, informou a Secretaria Municipal do Planejamento (Seplan) durante a reunião mensal do Conseg, ontem.

O Conseg vinha reivindicando que a área fosse transformada em via pública por causa dos problemas ocorridos no local, próximo ao posto de gasolina. Vários motoristas estacionam seus veículos no local em desacordo com a legislação de trânsito, colocam som em alto volume e estariam fumando próximo a bombas de combustível. Como a área é de propriedade particular, os policiais têm dificuldade em aplicar multas e autuar os responsáveis pelas irregularidades.

Outra boa notícia aos moradores da região Sul, segundo o presidente do Conseg, Primo Mangialardo, é que durante dois meses a Polícia Militar vai reforçar o policiamento, nos finais de semana, na quadra 21 da rua Gustavo Maciel. A finalidade é conter o número de abusos cometidos pelos motoristas naquela região da cidade.

Segundo Mangialardo, os moradores reclamam do trânsito e dos abusos. “Eles dizem que há menores dirigindo veículos; que há motoristas embriagados dirigindo e que o trânsito no local é congestionado”, frisou. O presidente do Conseg Sul/Centro e 3.º DP acha que, com o policiamento, os problemas do local serão resolvidos. “Haverá muitas autuações. Os policiais estão instruídos a agir quando detectarem abusos. Os policiais estarão usando bafômetros e radar”, alertou.

Os estacionamentos irregulares ao redor de uma boate na Zona Sul também serão fiscalizados, segundo Mangialardo. “Alguns terrenos na Zona Sul foram limpos e estão sendo utilizados como estacionamentos noturnos, sem a menor estrutura. Eles serão fiscalizados pela Seplan”, contou.

De acordo com o Mangialardo, nesses locais, em finais de semana, são estacionados mais de 40 carros. “Isso preocupa os vizinhos dos terrenos. Eles temem que ocorra um incêndio, por exemplo, o que poderia afetar as residências”, disse.

Ambulantes

Um dos principais assuntos tratados ontem na reunião do Conseg foi referente aos ambulantes. “Contamos com a presença do presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Economia Informal, Mário dos Santos, e de representantes da Associação dos Trabalhadores da Economia Informal”, disse Mangialardo. Levantamento feito pela PM revelou que 191 ambulantes trabalham na área central de Bauru, em calçadas ou no meio-fio.

Juntos, os representantes das polícias, Conseg e ambulantes decidiram que o sindicato vai cadastrar todos os ambulantes. “Para que não ocorra o que já ocorreu na Praça Rui Barbosa, onde uma mulher, se passando por ambulante, fazia tráfico de drogas”, disse.

O cadastramento vai permitir que as polícias saibam quem são os proprietários das barracas. “Hoje, o cidadão instala uma barraca e deixa que outro use. Isso faz com que a polícia não tenha noção de quem são as pessoas que estão trabalhando e aquelas que estão infiltradas nos locais para outro tipo de atividade.”

Mangialardo acredita que, com o cadastramento e a fiscalização, o tráfico e a receptação, especialmente nas praças Rui Barbosa e D.Pedro II, diminuam. De acordo com ele, com a prisão de uma traficante e várias apreensões de drogas na Rui Barbosa, o tráfico diminuiu em 85%.