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Preso é morto na cadeia de Garça

Preso é morto na cadeia de Garça

Adilson Camargo
O motivo do homicídio, ocorrido ontem de madrugada, pode ter sido um desentendimento anterior entre os dois detentos

Garça - O detento Juliano Aparecido dos Santos, 18 anos, foi assassinado ontem de madrugada, dentro de uma das celas da Cadeia Pública de Garça, com vários golpes de estilete dados, segundo a polícia, pelo menor D.V.S., 17 anos.

Os gritos de socorro da vítima chamaram a atenção do carcereiro. Ele acionou o reforço das polícias Civil e Militar para controlar o conflito mas, quando chegaram, Santos já estava caído no chão da cela, com várias perfurações pelo corpo. Ele foi socorrido pelos policiais, mas morreu antes de dar entrada no pronto-socorro.

Segundo o delegado Ricardo Luiz de Paula Martines, 36 anos, o menor teria admitido a autoria do crime. Ele foi transferido para uma outra cela, onde irá aguardar decisão da Justiça sobre seu destino. D.V.S. e outros três detentos menores de idade, estão há algum tempo esperando por uma vaga na Febem, em São Paulo. Enquanto não são transferidos para a Capital, eles permanecem sob custódia na cadeia de Garça.

De acordo com o delegado, a causa do homicídio pode ter sido um desentendimento anterior entre os dois envolvidos. O acusado teria dito à polícia que levou um tapa da vítima na noite anterior e resolveu se vingar. Antes dos acontecimentos de ontem, Martines garante que nunca ouviu falar de qualquer desentendimento entre os integrantes da cela onde ocorreu o assassinato.

Sobre a procedência dos dois estiletes usados para golpear a vítima, o delegado não soube informar de onde teriam surgidos. Ele trabalha apenas com hipóteses. Uma das possibilidades seria o uso de peças metálicas provenientes de uma luminária quebrada recentemente por um detento.

O futuro de D.V.S. é incerto. De acordo com o delegado, quem irá decidir o destino do menor é um juiz da Infância e Juventude. “Se o juiz decidir que ele vai para a rua esperar lá uma vaga para a Febem, a decisão terá de ser cumprida.”

A idade máxima que uma pessoa pode ficar em uma unidade da Febem é até 21 anos. “Menor não sofre pena, mas medidas socioeducativas, que vão desde advertência até internação em uma unidade da Febem”, explicou Martines.

A Cadeia Pública de Garça tem hoje 64 detentos, sendo que 12 são menores e estão sob a custódia da Vara da Infância e Juventude. De acordo com o delegado Martines essa é a primeira vez que um homicídio é cometido dentro das dependências da cadeia.




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