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SOLUÇÃO PORTUGUESA

SOLUÇÃO PORTUGUESA

Ivan Garcia Goffi
Tudo começou com o maldito rei de Portugal Dom João que, para livrar-se da escória portuguesa, composta por criminosos de todos os tipos (principalmente os condenados à pena capital), determinou que sua “redenção” se desse em colônias africanas ou – ai de nós – brasileiras. Afinal, ele precisava colocar alguém em terra tão distante para não perder o direito sobre elas. Contudo, como nem só de homens vive a humanidade, precisavam de mulheres para saciar as necessidades orgásticas da turba doentia e, num novo ato de insanidade, para cá enviou as prostitutas.

Enquanto colônias de outros países eram povoadas com “ordem e progresso” (Austrália e América do Norte), a brasileira, infestada de criminosos e prostitutas, amargaria séculos de exploração interna e externa, vítima de uma economia aniquiladora. A ordem era tirar, tirar e tirar ao máximo ouro, pedras preciosas, madeira e qualquer outro produto, sem deixar nada de produtivo na “colônia”. Assim nasceu o Brasil e o caráter do povo brasileiro.

Portanto, é facilmente explicável o porquê do brasileiro adorar “furar” o sinal vermelho, tentar “quebrar” multas, “furar” filas, tentar tirar vantagem de atos ilícitos e desrespeitar tão acintosamente preceitos legais e comunitários. É o simples prazer de fazer o errado. Mas, pior que isso, também é facilmente explicável essa corrupção endêmica, onde Senadores, deputados, vereadores, prefeitos, governadores, banqueiros e empresários escancaradamente violentam as finanças públicas e, como todo bom criminoso autuado em flagrante, diz: “eu sou inocente, é tudo armação”.

A superministra da corrupção já estimou que a fraude na Sudam pode chegar a 9 bi; o Fundo de Apoio ao Trabalhador (FAT) e o do Desenvolvimento do Ensino Público (Fundef), segundo uma notória revista semanal, amargam 43 bi e 18 bi em fraudes, respectivamente; a Sudene (Nordeste) é semelhante à Sudam. As emendas parlamentares para erradicação da seca no Nordeste, as verbas de representação, as centenas de contratos fraudulentos da OAS baiana, o Banco do Pará e o Nacional, que enriqueceram senadores, enfim, bilhões e bilhões de reais que circulam nas mãos de criminosos, enquanto que a “plebe” continua sendo explorada. Nada mudou.

Mas porque, no Brasil, não existe forma de combater isso: simples. Noutros países e naquelas “ex-colônias”, o corrupto é a exceção, enquanto que aqui ele é a regra. Além disso, “lobo não come lobo”, vez ou outra é que sacrificam um da matilha para desviar a atenção dos demais.

Felizmente, há uma esperança. Graças aos problemas bélicos do mundo, “sofremos” a invasão de árabes, japoneses, italianos, alemães e outros povos que trouxeram um pouco de luz a uma Pátria que amargava na escuridão, pois até aquele momento só tinha semeado a corrupção, o extrativismo e a triste escravidão. Trouxeram escolas, hospitais, saneamento e cultura, hábitos desconhecidos por mais de 400 anos.

Certamente, não serão nossos governantes que darão finalidade justa ao dinheiro público, que tanta falta faz às entidades filantrópicas e assistenciais, hospitais, asilos, creches e escolas. Os bilhões roubados com certeza acabariam com a maior parte da pobreza e de outras deficiências sociais, mas parece que esse povo tem vergonha de fazer algo, como se ainda se considerasse filho de criminosos e prostitutas. (Ivan Garcia Goffi - OAB/SP 165.173)




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