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Sinserm aponta riscos para os servidores em marcenaria

Sinserm aponta riscos para os servidores em marcenaria

Gilmar Dias
O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sinserm) está cobrando do prefeito Nilson Costa (PPS) uma solução urgente para as péssimas condições em que se encontra o prédio onde está instalada a marcenaria municipal, localizado no Jardim Bela Vista. Segundo os sindicalistas, o problema não é novo e coloca em risco a vida dos cerca de 30 servidores municipais que trabalham no local.

A diretora da entidade sindical, Idelma Alcântara, lembrou que a Administração foi alertada para o problema em abril de 1999, portanto há dois anos. Segundo ela, até o momento nenhuma providência foi tomada para, pelo menos, amenizar os riscos de desabamento do prédio, entre outros acidentes que podem vir a ocorrer.

Idelma conta que no dia 29 de abril de 1999 encaminhou um ofício ao secretário municipal de Obras, na época Leandro Joaquim, denunciando a situação. “Não obtivemos nenhuma resposta sobre o assunto”, relata. Diante do que considera um “descaso” da Prefeitura, a direção da entidade solicitou ao Corpo de Bombeiros uma vistoria no prédio.

De acordo com o laudo dos bombeiros, datado de 20 de outubro de 1999, no subsolo do prédio da marcenaria há uma viga de sustentação do térreo com trinca. Também foi detectato sinais de infiltração de água, onde pode se observar trincas na laje e na parede do aterro. “Mais ou menos 50% do piso está quebrado, com seus escombros no local”, aponta o laudo.

O documento do Corpo de Bombeiros relata, ainda, que a vegetação está tomando conta de uma parte interna do prédio, tendo como acesso as janelas do barracão.

Vidros quebrados, infiltração de água pela calha e sujeira também compõem o cenário do local. “Além dos riscos que os servidores estão correndo, as condições de trabalho oferecidas são péssimas”, denuncia a sindicalista.

A mesma situação foi relatada por um fiscal da Subdelegacia do Trabalho, que inspecionou o prédio no dia 10 de novembro de 1999. Além do quadro já relatado, o fiscal apontou também a falta de equipamentos de proteção individual e de proteção de transmissões de força e coleta de pó/cavaco. Na época, o barracão também não tinha extintores de incêndio e nem local adequado para vestiário e refeições.

Idelma informou que na semana retrasada servidores que trabalham na marcenaria acionaram o sindicato para alertar sobre a gravidade da situação. “Eles afirmaram que a viga que está trincada cedeu mais um pouco. O servidores estão com muito medo de trabalhar nesse barracão.”

Prefeitura reconhece

O secretário municipal de Obras, arquiteto Edmilson Queiroz Dias, afirmou que a Administração reconhece a situação precária da marcenaria. “As condições em geral do prédio não são as ideais de um edifício, que precisa ser bem conservado, precisa ser bem mantido.”

De acordo com o secretário, o prédio onde está instalada a marcenaria não recebe manutenção há muitos anos. “Chega o momento que ele (prédio) pode até saturar e vir a representar riscos. Ele vem apresentando algumas características, em razão da ação do tempo, que dão uma impressão muito ruim para o edifício. Ele vai precisar passar por um processo de manutenção, de conservação e até de recuperação de partes dele que o colocam sob risco.”

O secretário, no entanto, explicou que o barracão está escorado, medida provisória para garantir a segurança dos servidores que trabalham no local, que deverá ser suspensa após a recuperação do prédio. “Mas os técnicos, engenheiros, os profissionais da Prefeitura que estiveram lá fizeram uma avaliação e o prédio tem condições de trabalho.”

Ele acha que há uma “exploração” do assunto que só veio à tona agora. “Isso deveria ter sido denunciado não de um ano, dois anos atrás, mas de cinco, seis anos para trás já deveria ter sido tomada uma providência de quem reclama. Somente o está fazendo agora por quê?”, questiona.

O arquiteto explica que o barracão tem uma estrutura metálica dentro dos padrões de segurança que permitem sua recuperação. “O prédio vai ser recuperado porque ele se encontra em local bem acessível. Em primeiro lugar para oferecer uma boa impressão. Em segundo lugar e mais importante que isso, oferecer condições de salubridade. E terceiro, as pessoas terem sensação de segurança. E quarto porque ele é um patrimônio e deve ser conservado.”

O secretário conta que no subsolo do prédio, onde está um viga trincada, não há atividades. O local serve apenas como depósito de material usado no apoio às festividades do Carnaval. No processo de reforma, será deslocada uma galeria que passa abaixo do piso do barracão e que provoca infiltração de água. Dias não precisou quando a Prefeitura iniciará as obras de manutenção.




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