A propaganda em TV para se poupar as moedinhas, dando a entender que está havendo muita fartura, caindo dinheiro do céu, não cola, não gruda. Eu, que ando mais do que a fama ruim dos políticos, até hoje nunca vi uma dessas abandonada na rua. Vejam bem: e logo num País onde 40 mil crianças foram contabilizadas em lixões, das quais já recuperaram 13 mil, mas ainda faltam 27 mil crianças a serem recuperadas. Dá mesmo para se acreditar mormente porque são vistas pessoas ainda novas, fortes, corpos de atletas, aos domingos, em horários de missas, simulando vigilância para ganhar moedas dos ocupantes dos veículos. Segundo a psicologia dos vigias, os freqüentadores dos templos são mais garantidamente caridosos, o que explica plataformas nesses locais.
Também apareceu num desses programas jornalísticos uma senhora reclamando que ganha só um salário mínimo e a conta da luz, que nunca chegava a R$ 20,00, agora, com a privatização, passou a mais de R$ 90,00 e que, assim, não lhe sobra sequer para a alimentação. Não sei não, mas parece ser mais um caso igual São João pregando no deserto, porque não faltam aqueles que também nas TVs vêm propagar que o País (conforme dão a entender) melhora a passos gigantescos. Mas fica em segredo entre eles para quem “os sinos dobram”... (Abdnor Maluf)
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