Comentário político

De acordo

O prefeito Nilson Costa (PPS) praticamente afirmou, ontem, que vai acatar a posição da Câmara Municipal em relação à solução para o fornecimento de refeições aos servidores. A Câmara Municipal pede que o Executivo invista na manutenção da cozinha industrial do Caic e retome a preparação das refeições no local.

Rotineiro

Aliás, Nilson diz que recebeu com tranqüilidade a notícia de que o Ministério Público de Bauru pediu informações sobre o caso marmitex. Para ele, é praxe a Prefeitura acatar pedidos de informações do MP. “Estou com a consciência tranqüila”, garante, demonstrando ter voltado um pouco mais tranqüilo de São Paulo.

Precipitação

O prefeito, pela primeira vez, reconhece, em entrevista ao JC, que houve precipitação em desativar a cozinha industrial do Caic sem antes dar todas as garantias de solução de continuidade à produção da comida dos servidores.

Agilização

Nilson, agora, quer que a Secretaria de Planejamento termine o quanto antes o projeto do prédio que vai abrigar a cozinha e o refeitório da Prefeitura. Já há verba prevista no Orçamento Municipal deste ano para a obra.

Azedado

Nilson preferiu dizer que suas relações com o vice-prefeito Dudu Ranieri não estão estremecidas, mas “em compasso de espera.” O prefeito pretende avaliar o desempenho administrativo de Dudu frente ao DAE e garante que fofocas não são motivos suficientes para se desfazer assim, tão fácil, de “companheiros de Administração.”

Complô

Já Dudu Ranieri garante que há um “complô” interno na Prefeitura que trabalha para desestabilizar a sua relação com Nilson. Sem citar nomes, o vice-prefeito afirma que há integrantes do primeiro escalão, inclusive secretários, fazendo esse “trabalho” de desgaste.

Preparado

Para Dudu, são pessoas “mal-intencionadas”, que deveriam ser reavaliadas por Nilson. Ele afirmou que sabe sobre cada uma delas e que tem farta munição para usar em cada momento desse intrigado jogo de poder. O presidente do DAE sabe que está sendo bode expiatório de algo que não criou e, por isso, manda um recado a seus detratores: “Dou um boi para entrar em uma briga e uma boiada para não sair...”

Contra o alvará

A Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de Bauru (Assenag), o Instituto dos Arquitetos do Brasil - Núcleo Bauru - e a Inspetoria do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA) estão se posicionando contra a sanção do projeto aprovado pela Câmara Municipal que libera os templos religiosos de alvará.

Precedente

As entidades consideram que a Prefeitura Municipal poderá abrir um perigoso precedente se liberar os templos do alvará de funcionamento. Para os órgãos, especialistas em construção civil, o alvará é um importante e eficiente instrumento de fiscalização pela Prefeitura.

Polêmica

Além disso, as entidades entendem que devem ser rigorosas as normas para o funcionamento de prédio com aglomeração de pessoas, sob pena de risco de acidentes. É um assunto que pode dar pano para manga, já que o prefeito ainda não garantiu a sanção ao projeto de lei aprovado pelo Legislativo.