Dispensas não mudam nada no Noroeste

Saída de Marquinhos Paraíba e Gito é fato consumado. Treinador se reúne com time para buscar fórmula da vitória

A dispensa do zagueiro Gito e do atacante Marquinhos Paraíba foi confirmada ontem pelo vice de Futebol, Toninho Gimenez. O clube poderá contratar mais dois atacantes nos próximos dias

Segundo o dirigente noroestino, os dois teriam sido dispensados porque mantê-los no elenco não estaria sendo financeiramente compensador para o clube. “Como estamos terminando o primeiro turno e talvez eles não tenham rendido tudo aquilo que a gente imaginava - não que não sejam bons jogadores -, a saída deles abre a possibilidade de contratarmos mais dois jogadores. O Marquinhos já vinha desmotivado há algum tempo. Quanto ao Gito eu acho que nós estamos bem servidos ali na zaga e ele era o maior salário dentro do clube. Com a saída deles podemos contratar mais dois jogadores que devem render mais para o time. Os jogadores que foram contratados, no mínimo têm que estarem em disponibilidade para entrar em campo. Se algum jogador não tiver pelo menos condições de jogar, não tem sentido eu permanecer com este jogador no elenco. Mesmo porque seria até um desprestígio para com os outros jogadores do clube que estão aqui e ganham bem menos”. O dirigente não quis revelar nomes, apenas que devem ser contratados mais dois atacantes.

Ontem à tarde, o técnico Vítor Hugo fez uma reunião com os jogadores para falar sobre a situação da equipe, principalmente sobre o empate sem gols e a derrota nos pênaltis, em casa, contra o Bandeirante. O treinador revelou que a conversa foi em tom amistoso. “Eu falei para eles que a gente tá chegando, tá fazendo tudo, mas quando a gente chega na porta, para entrar no primeiro lugar, não entramos. No jogo de domingo, eu acho que faltou um pouco mais de determinação de nossa parte. Faltou querer realmente fazer o gol. Se fizéssemos um, aí poderíamos ter feito, dois, três”.

Para ele o time precisa tirar mais vantagem dos jogos em casa. “Falta algo mais nos jogos aqui em Bauru. Num campeonato como este temos que fazer de nossa casa uma arma. Nós já perdemos oito pontos em casa que poderiam ter nos deixado na liderança”. A dispensa de Gito e Marquinhos Paraíba para Vítor Hugo é uma decisão que deve ficar fora das quatro linhas. “É um posicionamento da diretoria. Vai mudar algumas peças e a gente vai tentar melhorar, fortalecer mais o grupo. Nós somos funcionários do clube e temos de acatar e ir frente com o objetivo que é subir”. O treinador concorda que o time não perde tecnicamente com a saída dos dois. “Sinceramente, se o Leandro tivesse condições de jogo no domingo (estava suspenso), o Gito ficaria no banco e o Marquinhos Paraíba já estava na reserva”.

Quanto ao time que enfrenta o Flamengo o treinador ainda não adiantou se haverá grandes mudanças em relação àquele que jogou contra o Bandeirante. “Com certeza não será o mesmo. O Azambuja foi expulso e não joga”, desconversou. No entanto, pelo menos mais um desfalque foi confirmado ontem. O massagista Jeová Rodrigues informou que o atacante Tequila fez uma cirurgia e deve voltar aos treinos apenas em quinze dias. Já o meia Luís Carlos não treinou, com dores no joelho, mas deve se recuperar para o próximo jogo.

O meia, um dos artilheiros do time ao lado de Marquinhos Paraíba, com sete gols, também concorda que falta “algo mais” ao time quando joga em casa. “Não sei o que acontece, mas nós tivemos de achar uma solução e jogar bem aqui. Jogar em casa tem que ser uma arma nossa”. Em relação à dispensa dos companheiros, Luís Carlos também não quis entrar em maiores detalhes. “Afeta um pouco, porque a gente está perdendo um companheiro, mas nada que comprometa dentro do campo. A gente fica sentido porque perdemos um amigo. Somos como uma família. Mas foi uma decisão da diretoria e deles também. É uma coisa que eu nem posso me intrometer. Isto não vai mudar nada em meu trabalho”, revelou.