Que gozado, tem alguma coisa errada! Não é assim que exclamamos quando ficamos perplexos com um assunto que não dá para “digerir”? Pois isso é o que eu e a maioria dos cidadãos que, aos poucos, está aprendendo a cobrar dos homens públicos uma postura íntegra e honesta, deve estar se indagando ao ouvir que os Poderes Executivos e Judiciário estão buscando reduzir despesas para ajustarem-se à Lei de Responsabilidade Fiscal. Mas, e o Poder Legislativo, não vai, também, reduzir seus gastos?
Não falo sequer em termos de Câmaras Municipais mas, sim, das esferas estadual e federal. Não dá nem para imaginar o gasto da Assembléia Legislativa do nosso Estado, com assessores, assessores de assessores e com as conseqüentes (e inconseqüentes) mordomias. Será que dá para imaginar quanto cada deputado, estadual ou federal, consome de passagens aéreas, combustível, correio, ligações telefônica, etc., por mês? Aliás, recentemente a “Veja” fez uma reportagem a respeito, mas já foram para o “lixo” a revista e o assunto. Há alguns anos conheci uma moça que morava em Bauru, que se casara e passou a residir em Brasília. Vinha quase mensalmente visitar seus parentes em Bauru, tinha um padrão de vida altíssimo. O marido era assessor de um assessor de um deputado federal. Pronto! Aí vai nosso dinheiro!
Poucos podem dar-se ao luxo de fazer uma viagem para Macéio, mas vereadores vão. Quem paga? Nós, mortais cidadãos. Homens públicos, ACORDEM. Vocês estão manipulando dinheiro nosso, que queremos que seja empregado em recapeamento de asfalto (não em tapa buraco descartável), em atendimento médico-hospitalar digno, em escolas públicas bem-estruturadas. Ou seja, o mínimo necessário!
(Alzira Garcia – RG 2.428.990 - e-mail: [email protected])
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