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28/03/01 00:00 -

Comentário esportivo

Comentário esportivo

Leonardo de Brito
DIFICULDADES


Se em São Paulo, em abril do ano passado, já foi difícil, tudo leva a crer que muito mais será agora. A Seleção Brasileira, que ainda sob o comando de Wanderley Luxemburgo sofreu para derrotar o Equador por 3 a 2, no Morumbi, no primeiro turno das Eliminatórias sul-americanas da Copa do Mundo de 2002, deverá enfrentar mais obstáculos nesta quarta-feira, a partir das 17h (de Brasília), contra os equatorianos, no Estádio Ataualpha. Além da motivada Seleção local, que tem boas chances de se classificar pela primeira vez para a disputa de uma Copa do Mundo, os brasileiros terão que passar também pela pressão da entusiasmada torcida e da altitude de 2.850 metros de Quito. Com 20 pontos em dez partidas, ocupando a segunda colocação das Eliminatórias - à frente do Paraguai apenas no saldo de gols - a Seleção Brasileira sabe que enfrentará muitas dificuldades. Acho que a altitude não é o principal adversário e sim o time do Equador. Outra dificuldade da nossa Seleção é que os equatorianos treinaram duas semanas, e os brasileiros só começaram os treinos segunda-feira, em Guayaquil. O pouco tempo para os treinos continua sendo uma preocupação, por causa da falta de entrosamento. No entanto, a habilidade de Rivaldo, Juninho Paulista, Romário e Ronaldinho Gaúcho é a maior arma do Brasil para vencer a defesa equatoriana.


SEM ERRO


Sem conseguir vencer a partida de ida por dois gols de diferença, o São Paulo volta a campo para enfrentar o Botafogo de João Pessoa pela Copa do Brasil. A tentativa de escalar um time mais ofensivo no jogo do último dia 21, com três meias e um único cabeça-de-área, falhou. O São Paulo jogou mal, pouco criou e a vitória só veio com um gol de Júlio Baptista nos últimos minutos. Esta noite, no Morumbi, o técnico Oswaldo Alvarez volta atrás e repete o mesmo esquema que vem dando certo no Paulistão, com Fábio Simplício e Alexandre na proteção de sua defesa e Kaká e Júlio Baptista liberados para abastecer França e Luis Fabiano. Com todo o respeito ao time paraibano, o Tricolor deve sacramentar sem problemas a vaga para a próxima fase. Caso contrário será uma zebra.


BOA MÉDIA


O Campeonato Paulista deste ano tem conseguido até o momento uma boa média de gols por partida - sem contar os marcados nas disputas de pênalti. Já realizadas dez rodadas, a competição apresenta uma média de 3,81 gols por jogo, num total de 305 gols em 80 partidas.


TROCA DE TÉCNICO


Ser goleada por 5 a 1 pela Inter de Limeira, uma das piores equipes do Campeonato Paulista, foi demais para a Portuguesa que demitiu o técnico Renê Simões. Candinho assumiu o cargo ontem, e vai dirigir a Lusa pela quinta vez. A Portuguesa ocupa a sexta posição com 15 pontos e luta para se classificar para a fase decisiva. Depois que deixou a Seleção da Jamaica, Renê Simões foi supervisor do Flamengo e treinador do Santa Cruz. Ele esperava ser dispensado porque a pressão no Canindé era muito grande contra a sua permanência.


DÚVIDAS


Na opinião de Abel Braga, técnico do Atlético Mineiro, a nova lei que acaba com o passe e que começou a vigorar a partir de segunda-feira, pode trazer grandes problemas para a maioria dos jogadores. Tenho dúvidas. Tomara que dê certo e que a coisa funcione no modelo europeu. Em princípio, os maiores beneficados serão apenas aqueles que já estão consagrados. Mas assim como Abel, acho ainda é um pouco difícil analisar esta mudança. Porém, milhares de jogadors brasileiros vão ter de se submeter a salários mais baixos e contratos longos. Os clubes pequenos também poderão ter dificuldades e aumenta o risco de desemprego.


CRÍTICAS


Sócrates não quis responder as críticas que o presidente do Cruzeiro, Zezé Perrela, fez a ele, chamando-o, inclusive, de cachaceiro. O doutor não não disse que os dirigentes são escravocratas. Ele disse que a lei é que é escravocrata, "que oprime, que subjuga os jogadores". Quanto aos dirigentes, o ex-jogador afirmou: "Eu acho que eles usam a lei como instrumento para oprimir e subjugar os atletas de futebol". Quanto ao fato de Perrela tê-lo chamado de cachaceiro, Sócrates preferiu não comentar: "Não vou baixar a esse nível". Sócrates defende a Lei Pelé e deve ser candidato de oposição para as próximas eleições da CBF.


BOA FASE


Manoel foi o melhor jogador do Noroeste domingo passado, depois de Tequila. Aliás, Tequila foi o melhor em campo. O atacante, que Banha trouxe de Balbinos, está comendo a bola.


INTRIGAS


A alta cúpula da Ferrari é esperada hoje em São Paulo, com a preocupação de abafar a crise que teria sido detonada por Rubens Barrichello. A estratégia da escuderia italiana é desviar a imprensa da polêmica entre Rubinho e Michael Schumacher. A crise, que está completando dez dias, começou no Grande Prêmio da Malásia, quando o piloto brasileiro, ultrapassado pelo alemão, o acusou de ter desrespeitado uma ordem da equipe. Ontem, Rubens Barrichello criticou a imprensa pela crise. "A forma como saíram minhas entrevistas, com palavras deturpadas, deram uma conotação diferente ao que eu disse. Essas entrevistas, traduzidas em outros países, ficaram piores ainda", afirmou Rubinho. Além da crise ferrarista, há intrigas nos boxes de Interlagos, onde começou a ser montando o Circo da Fórmula 1. Pilotos e mecânicos estrangeiros criticam o autódromo, nosso GP e alfinetam nosso País.


ONDE ANDARÁS


O amigo Eunivaldo Bezerra dos Santos sugere um quadro nesta coluna, tipo assim, "por önde anda?" tal jogador. De vez em quando faço tal divulgação (onde andarás). Rodinaldo tem uma escolinha de futebol em Curitiba e Ageu joga em um clube da Segunda Divisão do Pará. No entanto, não sei onde está Marcos Coco, justamente um bauruense.




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