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25/03/01 00:00 -

Em Itaí, inquéritos aumentaram em 40%

Em Itaí, inquéritos aumentaram em 40%

Redação
Itaí - O delegado da cidade de Itaí, Luiz Fernando Rotelli, confirma a preocupação dos moradores. “Eles temem a fuga dos estupradores. Acham que os presos podem vir para a cidade e atacar as meninas.”

O delegado diz que o temor dos moradores é díficil de acontecer. “Pouco provável. A penitenciária é de segurança máxima, o que dificulta a fuga. Mesmo que haja, os presos não vão passar desapercebidos na cidade. Eles destoarão dos moradores e serão notados facilmente.”

Ele explica que o índice de criminalidade na cidade não se alterou desde a instalação do presídio. “Houve aumento de cerca de 40% no número de inquéritos, porque os crimes cometidos no interior da penitenciária são registrados aqui.”

Segundo ele, as apreensões de drogas têm sido as principais ocorrências do presídio. O delegado mostra, inclusive uma porção de maconha apreendida na palmilha de uma sapato que foi enviado a um preso. “A droga veio via Sedex”. As brigas entre presos é outra ocorrência rotineira.”

Na opinião dele, só de saber que o presídio abriga autores de crimes sexuais já assusta a população feminina. “Os pais temem que os presos consigam sair e que na rua ataquem seus familiares.”

Sem problemas

O comerciante, Marco Antonio Duarte, proprietário de um supermercado na cidade de Itaí não é contra a instalação do presídio. “As visitas não trouxeram problemas, muito pelo contrário, elas consomem produtos de higiene, doces e guloseimas. Nunca me deram problemas.”

Ele acha que a instalação dos presídios gerou empregos. “Tem vários itainses trabalhando lá.” Duarte não teme os assaltos, seqüestros e crimes mais graves que estão ocorrendo nos grandes centros. “Essa penitenciária é modelo e os presos são aqueles que cometeram crimes pela primeira vez”, acredita.

Só tem bandido

O jardineiro Osvaldo Leme, morador de Itaí diz que desde que a penitenciária se instalou na pacata cidade, seu sossego acabou. “Tenho uma filha de 20 anos e não me sinto seguro. Tenho medo que os estupradores fujam e venham para a cidade.”

A presença das visitas dos presos na praça principal da cidade incomoda o morador. “Nós freqüentamos a praça e conhecemos todo mundo. Gente estranha incomoda, a gente tem família.” O mecânico, João Vicente dos Santos, também morador é freqüentador assíduo da praça de Itai. “Antes, a gente sentava aqui e ficava sossegado. Agora, a gente fica cismado. Aparecem os estranhos e não sabemos quais as intenções deles.”

Lugar de bandido é na cadeia e eu não tenho medo deles. Com esta declaração, um dos mais antigos moradores de Itaí, o aposentado Antonio Arnute Roquemar, 69 anos, define sua posição sobre o presídio. Conhecido como “Nino Alemão”, ele garante que não se sente incomodado com a penitenciária. “Não mudei minha rotina.”




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